Rebeca Oliveira
postado em 22/10/2014 08:03
O nome de Bruce Springsteen evoca superlativos ; aos 65 anos, completados no mês passado, ele acumula 20 prêmios Grammys, um Oscar, dois Globos de Ouro e mais de 120 milhões de álbuns vendidos na carreira. O anúncio de ambicioso projeto ligado a ele animou os fãs do roqueiro ; no início de novembro, chega às lojas a coletânea Box Bruce Springsteen: the album collection Vol. 1, que reúne sucessos do cantor de 1973 a 1984.
Os álbuns serão vendidos em dois formatos, CD e vinil, acompanhados de uma recriação da capa original e de um livreto com 60 páginas. O projeto é uma celebração à carreira de Bruce, que tem a vida marcada por dualidades.
[SAIBAMAIS]Bruce é narcisista, mas defende as classes trabalhadoras. É um artista intimista e discreto e, por outro lado, nos palcos, dá vazão a um showman bombástico (vide as três horas de apresentação no Rock In Rio, em 2013). E, embora seja carismático, mantém um lado sombrio, que fica explícito em algumas canções.
;Ele segue suas visões artísticas onde quer que elas o levem, mesmo ; e principalmente ; quando elas levam a lugares escuros e assustadores;, analisa, em entrevista ao Correio, o jornalista americano Peter Amen Carlin, autor de Chame-o de Bruce, um apanhado com quase 600 páginas que esmiúça a vida do astro desde o nascimento, em 1949, em uma cidade no interior de Nova Jérsei (EUA).
Peter Carlin explicou as razões para Bruce manter a energia em todos os projetos e no palco, mesmo acumulando tantos anos na estrada. ;Ele levou a música a extremos devido ao talento inato e a uma necessidade de autoafirmação imponente;, avalia. Chame-o de Bruce
De Peter Carlin, com tradução de Paulo Roberto Maciel Santos. Editora Nossa Cultura,
518 páginas.
Preço médio: R$ 59.
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