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Evaldo Cabral de Mello é eleito para a Academia Brasileira de Letras

Considerado um dos mais destacados historiadores brasileiros, Evaldo Cabral de Mello nasceu em 1936, no Recife, e atualmente reside no Rio de Janeiro

postado em 23/10/2014 18:31
O historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello é o novo ocupante da Cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga desde 18 de julho deste ano, com a morte do romancista e cronista baiano João Ubaldo Ribeiro. Na eleição realizada na tarde desta quinta-feira (23/10), no Petit Trianon, sede da academia, no centro do Rio, ele recebeu 36 dos 37 votos possíveis. Votaram 20 acadêmicos presentes e 16 por carta.

Considerado um dos mais destacados historiadores brasileiros, Evaldo Cabral de Mello nasceu em 1936, no Recife, e atualmente reside no Rio de Janeiro. Também diplomata, carreira que exerceu a partir de 1962, serviu nas embaixadas do Brasil em Washington, Madri, Paris, Lima e Barbados, nas missões do país em Nova York e Genebra e nos consulados gerais em Lisboa e Marselha, na França.

Como historiador, especializou-se no período do domínio holandês em Pernambuco, no século 17, tema de sua primeira obra, Olinda Restaurada (1975), e de vários outros livros, como Rubro Veio (1986), O Negócio do Brasil (1998) e Nassau, Governador do Brasil Holandês (2006).

Evaldo Cabral de Mello é irmão do também poeta e diplomata João Cabral de Mello Neto (1920-1999), que entrou para a ABL em 1968. É primo do sociólogo e escritor Gilberto Freyre (1900-1987).



A Cadeira 34 teve como primeiro ocupante João Manuel Pereira da Silva, que escolheu como patrono o sacerdote e poeta Sousa Caldas. Além do fundador e de João Ubaldo, ocuparam a Cadeira o Barão do Rio Branco, Lauro Müller, dom Aquino Corrêa e os jornalistas Raimundo Magalhães Jr. e Carlos Castello Branco.

A ABL perdeu este ano Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna. Para a vaga do primeiro, foi eleito, no último dia 9, o poeta maranhense Ferreira Gullar. Na próxima quinta-feira (30), será escolhido o ocupante da Cadeira que pertencia a Suassuna. Quatro nomes disputam a vaga do romancista e dramaturgo paraibano, entre eles o jornalista Zuenir Ventura.

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