
Há poucos dias, o roteirista Doc Comparato, em passagem por Brasília, deu de cara com cenário impressionante para um agnóstico: a Catedral de Brasília. ;A missa católica me cativou, pela formação que tive em Colégio Marista. Até pensei: ;Será que vim a Brasília por um chamado de Cristo?;;, brinca.
Longe da retidão das doutrinas religiosas e muito aconchegado no tema de suas aulas ministradas na capital ; sobre o segredo de bons roteiros ;, Doc seguiu desafiando a previsibilidade das fórmulas e a intransigência das leis do roteiro adotado pelos norte-americanos. Autor de uma verdadeira bíblia internacional do segmento (Da criação ao roteiro), ele destaca o tempero da dramaturgia brasileira: ;A única lei que existe é que não existem leis. O que existe são princípios, qualidades e essências dramáticas, além da curva ascendente do enredo, presente desde o teatro grego;.
Em uma didática atraente, o livro já foi vertido para o espanhol e italiano, e é adotado, por exemplo, por academias do porte da Rai (Radiotelevisione Italiana). Perambulando pelo mundo ; só este ano, esteve em Cuba (na Escola de San Antonio de los Baños), na Suíça (enfurnado num castelo) e na França, por motivos profissionais ;, Comparato se vê mais conhecido fora do Brasil. ;Minha vida é meio de cigano, sou considerado turista em tudo que é lugar;, diz ele, que já foi professor da Universidade Autônoma de Barcelona, morou por mais de década em Portugal, foi consultor de roteiro na Inglaterra e na Holanda e docente da Escola de Cinema de Munique.
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