postado em 31/10/2014 08:04
Taylor Swift faz o trivial na música. Ela não tem pretensão de reinventar a cena pop (alô Lady Gaga), nem quer criar uma nova plataforma de divulgação de discos (c/c Beyoncé). Por não apostar nesses exageros da música pop, a cantora aparece como a sensação do momento, a nova queridinha da indústria. Simples assim. Todo o frenesi não é à toa. 1989, quinto disco de estúdio da carreira, pode até não ser um obra-prima, mas é, certamente, um dos lançamentos mais divertidos do ano.
Em 1989, Taylor Swift amadurece um lado que ela começou a mostrar em Red (2012). Aquela menina que cantava country music não existe mais (olha aí, Paula Fernades). Aos 24 anos, Swift é uma artista pop, com todos os elementos: vida amorosa atribulada, megaapresentações, superestruturas, um time de produtores respeitados e um hit que não sai da cabeça de quem ouve, Shake it off.
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[SAIBAMAIS]Duvida? Então olha isso: 1989 já vendeu 800 mil cópias em menos de uma semana. Até 2 de novembro, quando completa sete dias de comercialização, o disco deve chegar a marca de 1,2 milhão de unidades comercializadas. Caso consiga cumprir a previsão da Billboard, Taylor Swift, além de ter o álbum mais vendido de 2014, será a salvação da indústria fonográfica (bye, bye, Beyoncé).
Em um ano em que as divas consagradas do pop não lançaram CDs (Cadê Rihanna? Madonna? Adele?), poucos artistas conseguiram emplacar vendas gigantescas. Afinal, Nicki Minaj, Ariana Grande, Sia e Sam Smith ainda estão construindo seu lugar na indústria. Em 2014, só a trilha sonora de Frozen, o chiclete Let it go, chegou à marca de 1 milhão de cópias vendidas (ouça abaixo por sua conta em risco - há forte chances de você repetir o refrão o dia inteiro).
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Simplérrimo e pop, 1989 pegou. O disco é daqueles que dá para ouvir do começo ao fim sem se cansar - parece um pouco com Bangerz (2013), de Miley Cyrus, e Loud (2010), de Rihanna. No britânico The Guardian, Welcome to New York foi comparada às produções de Bruce Springsteen. Um exagero, mas até que a faixa é legal.
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"Nova York sempre foi um lugar importante da história da minha vida nos últimos anos, eu estava obcecada com a ideia de morar lá. Sempre sonhei com isso", disse a cantora em entrevista.
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Swift, como de costume, deixa o mistério no ar. 1989 é uma peça autobiográfica? As letras falam sobre ela e sobre os romances complicados (como o com Harry Styles, do One Direction)? Ela jura que não, mas não convence ninguém. Em Blank space, ela canta(ria?) sobre os rumores da vida amorosa.
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Sete das treze músicas de 1989 foram produzidas pela dupla Max Martin e Shellback - produtores que têm na cartela de clientes Britney Spears, Katy Perry, Maroon 5 e outros. Eles acertaram a mão na pegada oitentista de Style, um dos pontos altos do disco.
1989 não é uma Madonna no auge, mas é uma das boas surpresas do ano. E se 2014 foi fraco para a indústria, o público pelo menos pode se divertir bastante com as produções de Swift e de outra queridinha do ano: Iggy Azelea. Por enquanto, Swift está na frente, com o prêmio de Mulher do ano da Billboard.
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