postado em 06/11/2014 08:01
Muito marmanjo roqueiro de hoje em dia era moleque quando o Deep Purple passou por Brasília pela primeira e única vez. A banda britânica, um dos ícones do rock mundial, incendiou o Minas Tênis Clube em 1997. Dezessete anos depois, os ingleses retornam à capital federal. Amanhã, o Deep Purple se apresenta no Net Live (SHTN, Trecho 2) para uma nova plateia, formada pelos moleques de hoje, e por alguns bons marmanjos que devem voltar para matar as saudades.
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[SAIBAMAIS]Quando esteve aqui, o Deep Purple ainda contava com o tecladista Jon Lord, um dos fundadores do conjunto, formado na Inglaterra rebelde dos idos de 1968. Em 2002, ele largou o grupo. Dez anos depois, morreria vítima de uma embolia pulmonar. Quando da sua saída, o músico também inglês Don Airey foi convocado, assumiu o teclado e, desde então, excursiona e grava com a banda.
Ironicamente, Don esbarrou com o rock por conta do Deep Purple. ;Era um músico clássico, antes;, conta nesta entrevista ao Correio. Depois de trabalhar com os dinossauros do gênero, a exemplo de Ozzy Osbourne, Rainbow e Whitesnake, o tecladista parece ter se encontrado. Durante o papo, ele fala sobre a convivência com os demais integrantes, relembra histórias singulares vividas no Brasil e se revela um grande conhecedor da música brasileira. Amanhã, ele se junta a Ian Gillan e Cia. para entoar Smoke on the water junto ao público. Um hino que marcou gerações. De moleques e marmanjos.
O Deep Purple esteve em Brasília somente em 1997. Mas você ainda não estava na banda;
Não estava. O que é uma pena. Mas digo que estou realmente animado com a ida a Brasília. Todos devem comentar algo parecido, mas eu tenho um motivo. Quando estava no ensino fundamental, fiz um trabalho escolar sobre Brasília. ;A nova capital;! Falávamos da ideia de um país construir uma capital, uma cidade inteira, que fosse longe das fronteiras e tal. Fiquei interessado na época. Será bacana conhecer o lugar.
Antes de integrar o Deep Purple, você colaborou com Ozzy Osbourne, Whitesnake, Jethro Tull, e tantos outros. Qual deles deixou uma lembrança especial?
A melhor turnê da minha vida foi com o Rainbow, especialmente quando passamos pelo Japão. Foi um momento de revelação para mim. Eu não estava preparado pelo que estava por vir. Eu não fazia ideia do que estava por vir, na verdade. Foi um período mágico. Eu era mais jovem, claro. Mas acho que nada me causou tamanho impacto como aquela turnê. Meu segundo melhor momento foi tocar com Ozzy Osbourne no Rock in Rio de 1985. Insano. E um dos maiores públicos da minha carreira. Foi quase uma passagem bíblica aquilo (risos).
Você integra o Deep Purple há 12 anos, mas sempre foi um músico nômade. Podemos esperar mudanças no futuro, ou encontrou seu lugar definitivo?
Devo ficar pelo Deep Purple mesmo (risos)! É uma banda sensacional. Grandes músicos, ótimas personalidades e todos muito profissionais. Não tenho reclamações e me divirto muito desde que entrei.
Você entrou para substituir o Jon Lord, que faleceu há dois anos. Teve alguma relação pessoal com ele?
Na verdade, não. Há uma ironia que ronda as bandas de rock: os tecladistas raramente se conhecem. Eu o via, de vez em quando. Trocávamos uma rápida ideia, mas não o conhecia intimamente, embora sempre tenha admirado seu trabalho.
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