postado em 13/11/2014 10:49
;Nasci para administrar o à toa/ o em vão/ o inútil;, escreveu, certa vez, Manoel de Barros sobre o próprio ofício. E havia um lugar, na casa onde vivia em Campo Grande, que o poeta apelidou de ;lugar de ser inútil;, onde passava horas do dia costurando versos nos caderninhos que ele mesmo fabricava. ;Pura artesania; como ele mesmo costumava dizer. Estar só, em contato com o íntimo e com as miudezas da natureza ; que só um poeta com olhar aguçado como ele poderia alcançar ; era um dos maiores prazeres da vida. E dizia: Há várias maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
[SAIBAMAIS] O obra de Manoel é vasta. Escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. No ano passado, na comemoração dos 97 anos do poeta, a editora Leya lançou uma caixa com toda a obra dele, na coletânea Poesia Completa. O primeiro livro publicado por Manoel de Barros foi Poemas concebidos sem pecado, aos 21 anos. Havia no jovem poeta a certeza do que queria fazer. A prosa poética conta a história do menino Cabeludinho, que deixou a família para estudar no Rio de Janeiro e voltou ateu. O tempo passou e o reconhecimento maior veio quando Manoel já tinha 70 anos, época em que Millôr Fernandes descobriu seus poemas e escreveu uma crítica fazendo estardalhaço sobre certo poeta ;de verdade; que o Brasil precisava conhecer.
Documentário
Em 2008, o cineasta Pedro Cezar lançou o documentário "Só Dez Por Cento É Mentira", que traz entrevistas com Manoel de Barros e artistas que se inspiraram em sua obra, como a escritora e atriz Elisa Lucinda, que já usou a poesia de Barros em seus espetáculos, e Joel Pizzini, diretor do curta "Caramujo-Flor", inspirado na obra do poeta.Uma das poesias do mato-grossense dizia "Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira", daí o título do filme.
[SAIBAMAIS] O obra de Manoel é vasta. Escreveu 18 livros de poesia, além de obras infantis e relatos autobiográficos. No ano passado, na comemoração dos 97 anos do poeta, a editora Leya lançou uma caixa com toda a obra dele, na coletânea Poesia Completa. O primeiro livro publicado por Manoel de Barros foi Poemas concebidos sem pecado, aos 21 anos. Havia no jovem poeta a certeza do que queria fazer. A prosa poética conta a história do menino Cabeludinho, que deixou a família para estudar no Rio de Janeiro e voltou ateu. O tempo passou e o reconhecimento maior veio quando Manoel já tinha 70 anos, época em que Millôr Fernandes descobriu seus poemas e escreveu uma crítica fazendo estardalhaço sobre certo poeta ;de verdade; que o Brasil precisava conhecer.
Documentário
Em 2008, o cineasta Pedro Cezar lançou o documentário "Só Dez Por Cento É Mentira", que traz entrevistas com Manoel de Barros e artistas que se inspiraram em sua obra, como a escritora e atriz Elisa Lucinda, que já usou a poesia de Barros em seus espetáculos, e Joel Pizzini, diretor do curta "Caramujo-Flor", inspirado na obra do poeta.Uma das poesias do mato-grossense dizia "Noventa por cento do que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira", daí o título do filme.
Assista ao vídeo:
[VIDEO1]
Obra
- "Poemas Concebidos Sem Pecado" (1937)
- "Face Imóvel" (1942)
- "Poesias" (1956)
- "Compêndio para Uso dos Pássaros" (1960)
- "Gramática Expositiva do Chão" (1966)
- "Matéria de Poesia" (1974)
- "Arranjos para Assobio" (1980)
- "Livro de Pré-Coisas" (1985)
- "O Guardador de Águas" (1989)
- "Concerto a Céu Aberto para Solos de Ave" (1991)
- "O Livro das Ignorãças" (1993)
- "Livro Sobre Nada" (1996)
- "Retrato do Artista Quando Coisa" (1998)
- "Ensaios Fotográficos" (2000)
- "Exercícios de Ser Criança" (2000)
- "Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo" (2001)
- "O Fazedor do Amanhecer" (2001)
- "Cantigas para um Passarinho à Toa" (2003)
- "Poemas Rupestres" (2004)
- "Poeminha em Língua de Brincar" (2007)
- "Menino do Mato" (2010)
- "Poemas Concebidos Sem Pecado" (1937)
- "Face Imóvel" (1942)
- "Poesias" (1956)
- "Compêndio para Uso dos Pássaros" (1960)
- "Gramática Expositiva do Chão" (1966)
- "Matéria de Poesia" (1974)
- "Arranjos para Assobio" (1980)
- "Livro de Pré-Coisas" (1985)
- "O Guardador de Águas" (1989)
- "Concerto a Céu Aberto para Solos de Ave" (1991)
- "O Livro das Ignorãças" (1993)
- "Livro Sobre Nada" (1996)
- "Retrato do Artista Quando Coisa" (1998)
- "Ensaios Fotográficos" (2000)
- "Exercícios de Ser Criança" (2000)
- "Tratado Geral das Grandezas do Ínfimo" (2001)
- "O Fazedor do Amanhecer" (2001)
- "Cantigas para um Passarinho à Toa" (2003)
- "Poemas Rupestres" (2004)
- "Poeminha em Língua de Brincar" (2007)
- "Menino do Mato" (2010)