Diversão e Arte

Da música ao cinema, atrações culturais ao meio-dia ganham espaço

Duas programações podem ser consideradas pioneiras nesse movimento: o projeto Viva a arte e a mostra do CineCAL

Adriana Izel
postado em 17/11/2014 08:00
Já tem algum tempo que o período conhecido como horário do almoço também virou sinônimo de cultura em Brasília. Nos últimos anos, a capital federal ganhou opções que podem ser apreciadas das 12h às 14h. Mostras de cinema, exposições e até shows estão disponíveis para os brasilienses e, o melhor, de graça.

Duas programações podem ser consideradas pioneiras nesse movimento: o projeto Viva a arte e a mostra do CineCAL. O primeiro, criado há cerca de sete anos, é uma iniciativa do músico e percussionista Rivaldo Gomes de Alcântara, mais conhecido como Boreu. A proposta, que tem parceria do Sindicato dos Urbanitários do DF (STIU-DF) e da Eletronorte, consiste em levar música de qualidade a sociedade em um horário diferenciado.
Ellen Oléria já se apresentou no projeto Viva a arte, que acontece às sextas
[SAIBAMAIS]Todas as sextas-feiras, a partir das 13h, o Auditório Eletrobras Eletronorte, no primeiro subsolo do Shopping ID, recebe atrações musicais e cênicas. Nomes como Zé Renato, Ellen Oléria, Xangai e Chico César já passaram pelo local. ;A gente faz isso na hora do almoço tanto para aproveitar o pessoal da empresa como as pessoas que estão no shopping e os trabalhadores ao redor. É um público que fica sem ter o que fazer naquele período, e o nosso horário não compete com ninguém;, explica Boreu.



De acordo com o coordenador do projeto, o Viva a arte já tem uma plateia cativa. O auditório, que tem capacidade média para 230 pessoas, nunca tem menos do que 100 pessoas. ;Cada vez mais , notamos que as pessoas prestigiam e gostam do projeto. Além disso, a proposta é uma forma de abrir espaço para os artistas da cidade tocarem com um cachê digno;, defende.

Rock Brasília, Era de Ouro é o longa-metragem do CineCAL na terça-feiraAs mostras do CineCAL, no auditório do Setor Comercial Sul, completaram seis anos de existência em setembro. ;Quando o projeto foi inaugurado não havia nenhum espaço de lazer voltado à exibição de filmes no período das 12h. O SCS tem uma população variada, formada por pessoas que trabalham em diferentes áreas. O projeto acabou se tornando uma opção que diverte e instrui;, afirma Tom Maranhão, coordenador do Núcleo de Cinema da Casa de Cultura da América Latina.

O projeto começou com exibições às 12h30, sempre às terças e às quintas-feiras, no auditório da CAL, que comporta em média 50 pessoas. ;Com o passar do tempo, a gente foi conseguindo um público cativo. É uma programação alternativa bem diferente da exibida nos cinemas de Brasília;, completa Maranhão. Com o sucesso, hoje também existe a opção da sessão das 15h30. Em novembro, a temática da mostra é cineastas do Cerrado. No próximo mês, os longas serão uma retrospectiva da atriz Tônia Carrero.

Saiba o que fazer


Brasil na Tela
Museu dos Correios (SCS, Qd. 4, Bl. A, 256, Ed. Apolo; 3213-5076). Quarta, às 12h30, até 26 de novembro. Programação: (19/11) Sargento Getúlio, de Hermano Penna; (26/11) Esses moços, de José Araripe Jr. Entrada franca. Não recomendado para menores de 16 anos.

CineCAL

Auditório Gonzaguinha da Casa da Cultura da América Latina (SCS, Qd. 4, Edifício Anápolis; 3321-5811). Terça e quinta, às 12h30 e às 15h30. Programação: Amanhã ; Rock Brasília, era de ouro (Vladimir Carvalho); (20/11) As vidas de Maria (Renato Barbieri); (25/11) Atlântico negro ; Na rota dos orixás (Renato Barbieri); e (27/11) A cidade é uma só (Adirley Queirós). Entrada franca. Classificação indicativa de acordo com o filme.

Curta ao meio-dia
Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Tc. 2; 3108-7600). Sexta, sábado e domingo, às 12h, até 21 de abril de 2015. Programação: (21 a 23/11) Brinquedo popular do Nordeste (Pedro Jorge de Castro), Para pedir perdão (Iberê Carvalho), Momento trágico (Cibele Amaral), Tepê (José Eduardo Belmonte) e O lobisomem e o coronel (Ítalo Cajueiro, Elvis K. Figueiredo e Ítalo Cajueiro); (28 a 30/11) Peixe Sapiens (Clarice Veras), Meu amigo Nietzsche (Fáuston da Silva), O filho do vizinho (Alex Vidigal), A menina espantalho (Cássio Pereira dos Santos) e A lente e a janela (Marciu Barbieri). Entrada franca. Livre.

Viva a arte

Auditório Eletrobras Eletronorte (SCN, Qd. 6, Cj. A, Bl. B - Subsolo, Shopping ID; 3226-7036). Sexta, às 13h. Entrada franca. Livre.

Alex Flemming
Galeria Almeida e Prado (405 Norte, Bl. C, Lj. 45). De terça a sexta, das 12h às 20h; sábado e domingo, das 13h às 19h, até 15 de janeiro. Pinturas e colagens realizadas entre 1991 e 2014 pelo artista.

Caymmi 100 anos
Museu Nacional dos Correios (SCS, Q.4, Bl. A, Ed. Apolo; 3213-5076). De terça a sexta, das 10h às 19h; sábado e domingo, das 12h às 18h, até 4 de janeiro. Com curadoria da neta do artista, Stella Caymmi, a exposição conta com fotos, canções e pinturas ilustram cada momento da vida do cantor.

Ha-gaz-Ah

Referência Galeria de Arte (205 Norte, Bl. A, Lj. 9; 3361-3501). De segunda a sábado, 12h às 19h, até 22 de novembro. Produção do artista plástico Gê Orthof, objetos desenhos e instalações sobre as relações resultantes da opressão e do fim do diálogo.

Veja o que eu vejo
Restaurante Comunitário. De segunda a sábado, das 11h às 14h, até 22 de novembro. Fotografias de crianças e adolescentes de escolas públicas do DF refletem sobre as drogas e outras formas de violência.

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