Eduardo Rangel tem um sonho: ver Brasília transformar-se num centro cultural, independente do eixo Rio-São Paulo. Militante da causa, travestido num Dom Quixote candango, o cantor, compositor e produtor, há 35 anos, aposta naquilo que acredita. Impressiona a luta persistente para ocupar os mais diferentes palcos da cidade de forma compartilhada com propostas abrangentes.
Seu projeto atual é algo que difere de tudo o que vem sendo feitos por outros artistas brasilienses. Apreciador das mais diversas linguagens artísticas, ele idealizou o Laboratório/Show, que ocorre às segundas-feiras, no Feitiço Mineiro. Durante duas horas, ele abre espaço para cantores, compositores, atores, poetas, pintores, cineastas, videomakers e fotógrafos interagirem e levarem seus trabalhos ao público.
;O Laboratório/Show é uma fixação antiga. Entre os anos 1981 e 1982, produzi, às terças-feiras, após o Bandejão da UnB, no Anfiteatro 8, o Show do Arroto. Mimeografava o roteiro com as atrações e distribuía no câmpus, antes almoço. Ali se apresentaram incontáveis artistas, entre eles Renato Russo, Cássia Eller, Tom Capone e o Liga Tripa, quando o grupo era apenas um embrião;, recorda-se.
No período em que a capital viveu o boom do rock, Eduardo tomou conhecimento de tudo a distância. ;Morei no Rio de Janeiro entre 1985 e 1996, mas com frequência vinha a Brasília e procurava ficar a par do que estava acontecendo.
Veja o vídeo Laboratório/Show:
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