postado em 27/11/2014 08:02
As histórias de luta pelos direitos da terra e da vida, durante os anos da ditadura militar, estão registrada nos murais de São Félix do Araguaia. A jornalista Arcelina Helena Públio Dias revive essas narrativas no livro Memória e libertação, que será lançado hoje, em Brasília. São grandes, coloridos e impactantes murais pintados por Cerezo Barredo, durante esse período, que também contam a história do povo brasileiro.
[SAIBAMAIS]O livro faz parte de um projeto de peregrinação jornalística de 500 dias entre os pobres e excluídos dos cinco continentes, com o objetivo de escrever cinco livros. Memórias e libertação é o quarto da série. Durante 100 dias, a jornalista conviveu e conversou com o povo da Prelazia que participou da luta. Entre eles, o bispo Pedro Casaldáliga ; líder da resistência ;, que, aos 92 anos, continua em São Felix. A história do bispo foi o gatilho para que a jornalista aprofundasse a pesquisa. ;Ele ainda está vivo, com uma memória maravilhosa. Ele que deu força para que a sociedade se organizasse contra a ditadura que queria tomar a terra deles. Sofreu várias ameaças de morte e não morreu.;
Ela ficou encantada com a região por causa dos murais e dos relatos dos moradores. ;Programei uma viagem e permaneci 100 dias na região de São Félix. São cidades pequenas, modestas, nas quais se chega por estradas de barro. Fiquei muito motivada pelas histórias que as pessoas contavam.;
O governo do Mato Grosso, por meio da Secretaria da Cultura, tombou o conjunto de 12 murais , localizados em sete cidades da Prelazia, entre os rios Araguaia e Xingu. Os trabalhos mesclam a luta do povo, com as características culturais das três raças brasileiras, as histórias bíblicas da libertação de Jesus e os apóstolos.
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