Diversão e Arte

Artistas do Pará apresentam discos em que se aproximam da MPB atual

Ideia de nova geração de cantoras é lançar novos olhares sobre as tradições musicais da região

postado em 01/12/2014 07:08

Camila Honda mostra que é possível juntar o Pará ao oriente

Conhecido pela exuberância que reveste desde a culinária até as manifestações artísticas, o estado do Pará se viu em meio a uma onda inédita de interesse pela cena musical erguida por lá nos últimos anos. De uma hora para outra, artistas como Gaby Amarantos, Felipe Cordeiro e Dona Onete, para citar alguns, ganharam destaque na mídia nacional e suscitaram no público a curiosidade por conhecer aquela sonoridade tão original, diferente da que era produzida no restante do país.

Surge agora uma nova geração de artistas paraenses que, sem abrir mão do regionalismo explicitado por ritmos como o carimbó e a guitarrada se lançam por novos caminhos, a fim de entregar uma música que soe ainda mais brasileira. Camila Honda, Natália Matos e Juliana Sinimbú, todas nascidas em Belém, acabam de estrear em disco. Cada uma a seu modo, o trio buscou se aproximar de músicos de correntes diversas, de várias partes do país, para que seus trabalhos reverberassem com mais força fora do Pará.


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Camila é neta de japoneses e viveu na Europa. Natália passou quase uma década estudando em São Paulo. Já Juliana tem grande influência do Nordeste, de onde veio parte da família. Em comum, além da raiz paraense, está a qualidade das três enquanto intérpretes e criadoras e o anseio por uma estética que as faça sobressaírem em meio a um mercado repleto de boas cantoras. ;Camila mostra uma personalidade refinada, mas sem deixar de ser pop. Natália e Juliana apresentam uma atitude mais próxima da MPB, com personalidade e elegância;, opina o compositor Felipe Cordeiro, que produziu o primeiro trabalho de Honda e participa do disco de Natália.

[SAIBAMAIS]A mistura de Pará com o Oriente pode soar fora da ordem, mas Camila Honda mostra que é possível. ;Eu convivo muito com a cultura japonesa, e de alguma forma isso está presente nas minhas referências estéticas e sonoras;, avalia ela. ;Não tento fazer uma música forçadamente regionalista. Isso já acontece naturalmente, por eu ser de Belém, o Felipe e os músicos também. Mas eu morei fora, tem muitas referências a outros lugares, o que torna essa música mais cosmopolita;, acredita.


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