Diversão e Arte

O casamento de Gorete estreia e tenta surfar em onda de sucesso de comédias

Diretor Paulo Vespúcio comenta momento de sucesso do gênero

Ricardo Daehn
postado em 09/12/2014 08:02

Produção entra na lista das comédias nacionais

Nascido em uma pequena cidade goiana, o ator e agora diretor de cinema Paulo Vespúcio, ao divulgar a comédia O casamento de Gorete, assume a ligação com os contadores de histórias do interior do Brasil. Entre suspenses e dramas dos causos ouvidos, curtia muito as histórias engraçadas. No mix de emoções que embala a comédia, Vespúcio quer fazer ;rir, em lágrimas;. De certa forma, mesmo com a rede de segurança de ter um popular ator da Globo em cena no longa (Rodrigo Sant;Anna, de Zorra total) e contando com apoio da emissora no marketing, o cineasta balança, abraçando prazeres e preocupações do lançamento em 100 cópias.


;É punk, uma loucura. Sofremos uma invasão violenta dos cinemas com o Jogos vorazes ; que ocupou mais da metade das salas! Não é possível que o governo não estude a violência deste impacto no mercado exibidor. E olha que estamos às vésperas de mais um Hobbit. Quer dizer: vem Hollywood e mata o que está querendo renascer. Na França, há um limite de 30% para produtos que não são nacionais;, observa o diretor.

[VIDEO1]

Em sessões do filme, o termômetro do público trouxe dose de conforto, entre risos e choros. Saída de uma rádio na qual é vista quase como uma propriedade do Acre, a personagem Gorete foi apresentada a Vespúcio, que se orgulha de feitos, como ter trabalhado com Renato Aragão, por meio de um taxista. O rapaz foi o contato entre o cineasta e o criador e radialista David Medeiros.

Na trama, Gorete é uma apresentadora popular de rádio que, para receber uma herança, precisa se casar. Na empreitada, com andamento de melodrama e tragicomédia, a personagem travesti conta com a ajuda de Domitilla (Tadeu Mello, a voz do bicho-preguiça de A era do gelo) e de Marivalda (Ataíde Arcoverde, o Salsichão de Zorra total).

O diretor destaca que o impulso inicial da produção veio das reais atrocidades e agressões a travestis. Ele disse que usou o circo (o humor) para falar de um ;assunto complicadíssimo;. ;Acho que houve uma pasteurização no humor em cinema, com falta de conteúdo: virou o riso pelo riso. Foi o diretor Moacyr Goés que me ensinou algumas coisas que usei no filme. Desarmo o público mexendo com música, com cores e códigos infantis. Não se pode lutar contra o que nosso povo, festivo e alegre, quer. Mas tenho a preocupação de passar a mensagem do amor puro e incondicional. Busco informar e transformar o cidadão para melhor;, analisa Paulo Vespúcio.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação