Diversão e Arte

Ciclo de palestras do Retrato Brasília encerra nesta quarta-feira

O projeto buscou mapear e discutir os comportamentos e as manifestações locais mais representativos nas plataformas de arte, design, empreendedorismo e cultura urbana no DF

postado em 10/12/2014 10:09
Onde começa e onde termina o espaço público? Até que ponto os indivíduos podem intervir no lugar que, teoricamente, é de todos? Essas provocações são o ponto de partida para o debate sobre ocupação criativa do espaço público, hoje no Centro Cultural Banco do Brasil. Trata-se do último encontro do projeto que, em 2014, buscou mapear e discutir os comportamentos e as manifestações locais mais representativos nas plataformas de arte, design, empreendedorismo e cultura urbana na capital do país.

Arquiteto Baixo Ribeiro: curador da galeria Choque Cultural
Com patrocínio do Banco do Brasil e realização do CCBB e do Correio Braziliense, o estudo de comportamento identificou uma Brasília que revela novas formas de produção e de relações mais humanizadas com o espaço geográfico da cidade.

O painel de discussão de hoje traz Natalia Garcia, diretora criativa do projeto Cidades para pessoas, uma rede de conteúdo voltada para ações que visam melhorar as cidades e fazer conexões com os setores sociais que as formam. Participa, também, Baixo Ribeiro, arquiteto e fundador da galeria paulistana Choque Cultural e um dos principais responsáveis por promover a arte brasileira contemporânea.



[SAIBAMAIS];Acredito que a gente vive um momento muito interessante na arte urbana, e que o público em geral não está a par. É uma boa oportunidade para contar tudo que anda acontecendo no contexto nacional;, afirma Ribeiro.

Além do bate-papo entre os convidados, o último encontro expõe casos brasilienses de notoriedade no quesito intervenção urbana. Pedro Sangeon e seu personagem Gurulino, que alegra as ruas da capital com tirinhas e tiradas; Gilmar Satão e o grupo DF Zulu Break, que há 25 anos formador de artistas por meio da dança em Ceilândia. É também por lá que ocorrem oficinas do Mapa do Gentil, projeto sob coordenação de Janaína André, cujo objetivo é criar verdadeiras galerias a céu aberto e promover a arte entre os alunos da rede pública de ensino. Movimentar a cena artística também está nos planos do Mutirão Cultural, coletivo que completa 11 anos de atividade organizando estratégias para o desenvolvimento de projetos culturais.

Para encerrar a exposição, não poderia faltar o trabalho do Coletivo Transverso, dos artistas Cauê Santos, Patricia Bagniewski e Patrícia Del Rey, que desde 2010 se utilizam de stencil, lambe-lambe, projeções e outras técnicas de arte urbana como suporte para estampar Brasília com poesia autoral.

Jiu-J[itsu Cultural: #expressãourbana ; A ocupação criativa do espaço público
Hoje, às 19h. Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (SCES Trecho 2; telefone 3108-7600). Entrada Franca mediante retirada de ingresso. Classificação indicativa: 16 anos.

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