Numa lista de serviços prestados à cidade, desde que chegou em 1959, o ator Andrade Jr. quase se perde entre tantos feitos. ;Foi muita coisa, e agora eu estou quebrado ; mas, não é novidade;, observa, às gargalhadas, o ator que beira os 70 anos e está em grande evidência. Além um curta-metragem, a ser apresentado nesta quinta-feira (18/12), no Cine Brasília, ele será o protagonista da nova fita de Camilo Cavalcante, prevista para ser rodada em janeiro. Os estimados 95% de presença nas cenas do longa King Kong en Asunción renderão passagens por Bolívia, Chile e Paraguai.
[SAIBAMAIS]O bônus das filmagens traz breve desvio de rota para o nordestino que, depois da morte de um irmão, veio com o pai taxista, a mãe e os seis irmãos para a desconhecida capital em que ajudou na construção do Palácio do Planalto. ;Naquela época, acho que fui dos poucos cearenses a voar em avião;, brinca o pai de três filhos que, diante de contínua imersão no cinema local, parece ter ampliado a prole. Na camaradagem, ele apadrinhou filmes dos então estreantes René Sampaio, Fáuston da Silva e José Eduardo Belmonte. Ator em tempo integral, desde 1965, Andrade Jr. acredita contabilizar mais de 80 participações em filmes. ;Às vezes, eu tomo um susto quando, sem esperar, me vejo na tevê;, conta.
Se atualmente mora na 704 Sul, Andrade não esconde a eterna paixão por Sobradinho, onde deixou de morar nos anos de 1980. ;Por sorte, há uma falta de crescimento na cidade que mantém inalteradas as áreas verdes;, destaca. A relação entre o ator e elementos naturais favorece piadas feitas por ele mesmo. ;Quando cheguei a Brasília, o Lago não existia, e morava na Vila Amauri. Dei sorte, por fugir da sina dos nordestinos que chegam ao Rio de Janeiro, ou a capital: te veem, e já estendem um rodo ; achando que é benefício a gente encostar em água, por causa da seca;, diverte-se.
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