Diversão e Arte

Redes de cinema dos EUA confirmam que Sony exibirá 'A Entrevista'

Os estúdios Sony Pictures foram obrigados a cancelar as exibições após receber ameaças e ataques de hackers

Agência France-Presse
postado em 23/12/2014 16:33

O filme é uma paródia sobre um complô para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un

Los Angeles- A Sony anunciou nesta terça-feira (23/12) que finalmente vai exibir, com limitações, nos Estados Unidos, o filme "A Entrevista", uma paródia sobre o líder norte-coreano Kim Jong-un, que teve o lançamento suspenso na semana passada por causa de ameaças de hackers.

[SAIBAMAIS]"Nunca desistimos de estrear ;A Entrevista; e estamos muito contentes de que nosso filme vá ser exibido em um certo número de teatros no dia de Natal", afirmou, em um comunicado, o presidente dos estúdios Sony Pictures, Michael Lynton.

Segundo ele, o filme será lançado em outras "plataformas" e em mais cinemas no futuro. Mais cedo, dois cinemas americanos anunciaram que exibirão o filme no próximo dia 25. O cinema Plaza Atlanta, na Geórgia (sudeste), comemorou, em sua conta no Twitter, ser "um dos poucos cinemas no país que estreará o filme".

O fundador do cinema Álamo, de Austin (Texas, sul), destacou que a "Sony autorizou a projeção de ;A Entrevista; no dia de Natal". Meios de comunicação americanos já tinham anunciado que a Sony planejava lançar de forma limitada o filme, que trata de uma operação fictícia da CIA para assassinar Kim.

Os estúdios cinematográficos decidiram retirar totalmente o longa da rede de distribuição na quarta-feira, 17 de dezembro, depois das ameaças de hackers e da negativa dos principais cinemas do país de exibi-lo.



O presidente americano, Barack Obama, considerou esta decisão "um erro", depois que o FBI acusou oficialmente a Coreia do Norte de ser responsável pelo ciberataque contra a Sony, que expôs centenas de e-mails e dados confidenciais de 47.000 pessoas.

Pyongyang negou categoricamente sua participação no ataque informático, embora o tenha qualificado de "ato legítimo" porque o filme é um "ato de terror sem sentido". As conexões de internet na Coreia do Norte sofrem interrupções desde a segunda-feira (22/12), o que gerou especulações sobre um eventual contra-ataque americano em represália ao ciberataque contra a Sony em 24 de novembro.

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