postado em 05/01/2015 08:00
No início, uma característica das fanzines era de que o material fosse reproduzido em grande escala para alcançar maior distribuição. A tiragem por cópias diminui a qualidade estética do material, em troca da impressão de uma tiragem de mais de mil exemplares. Hoje, a preocupação com o efeito que o acabamento e o material utilizado trazem para o conceito de cada publicação faz com que algumas impressões não passem de 10 a 30 exemplares. O zine atinge o status de obra de arte. Essa tendência perpassa as publicações de uma nova geração de produtores de zines brasilienses, que tem se destacado nacionalmente.
Suzana Maria, que assina os trabalhos como Shosh, aluna de desenho industrial da UnB. faz todos os zines à mão, depois retoca o necessário no computador, e manda para a impressão. Dois de seus zines, Indigo e Último, foram de tiragem limitada, porque ela acredita que os temas de cada um pediam que os exemplares não pudessem mais ser impressos depois que estivessem esgotados.
Shosh publicou o primeiro zine no ano passado, mas já participa de feiras dentro e fora de Brasília que é, hoje, uma das cidades mais importantes na produção de zines, ao lado de São Paulo e do Rio de Janeiro. Um tema recorrente na sua produção é o feminismo, que tem lutado por espaço no movimento zineiro e, para ela, é justamente um lugar para isso: ;O movimento é completamente político, desde o controle da própria publicação, da arte, e da propagação das ideias;, destaca. E é por essa liberdade de escolha que ela decidiu utilizar plataformas virtuais para disponibilizar seus zines de tiragem limitada, a sensação do papel faz diferença. Por isso, alguns não são todos que podem ir para internet. Eles acabam no papel, a versão virtual é uma outra experiência.
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