Diversão e Arte

Aos 95 anos, Dona Dodô da Portela morre no Rio de Janeiro

Primeira porta-bandeira da agremiação apresentava quadro de desnutrição e desidratação

postado em 06/01/2015 16:47

Dona Dodô não queria que o corpo fosse velado na quadra da escola por considerá-la um lugar de alegria

Dona Dodô, ex-porta-bandeira da Portela, morreu nesta terça-feira (6/1), aos 95 anos. Ela contribuiu para o primeiro compeonato da escola, em 1935 e era considerada uma lenda. De acordo com a assessoria de imprensa da Portela, Maria das Dores Alves tinha quadro de desnutrição e desidratação. O velório, a pedido da própria Dodô, não será na quadra da escola. Segundo a assessoria, ela repetiu diversas vezes que achava que a sede da escola era pra ser um local de alegria permanente. O local do funeral, portanto, não está definido.


Considerada uma das maiores referências da história do samba carioca, Dona Dodô estreou na agremiação aos 14 anos e ocupou o posto de primeira porta-bandeira até a década de 1950. . Em 2004, teve papel de destaque no Sambódromo ocupando o posto de rainha de bateria. Durante anos, era a responsável pela organização da Ala das Damas, uma das mais tradicionais da escola. Católica fervorosa, era Dodô quem cuidava das cerimônias religiosas na quadra da agremiação, em Madureira.
Dodô completou 95 anos de idade no último sábado (3). Ela estava internada desde o dia 22 de dezembro no Hospital Municipal Ronado Gazolla, o Hospital de Acarí, no Subúrbio do Rio. Ela era moradora, há muitas décadas, do Morro da Providência, na Zona Portuária.

Nota da Portela


"Um clima de profunda tristeza toma conta da quadra e do barracão da Portela nesta terça-feira (6) quando perdemos uma das maiores referências da história da escola e uma figura importante na história do Carnaval carioca. Tia Dodô foi um exemplo de dedicação para todos os portelenses. Figura que frequentou a quadra até poucos dias antes de ser internada, Dodô irradiava energia, apesar da idade, e sempre foi uma grande conselheira de toda a Família Portelense. Estamos profundamente consternados e orando pela alma de nossa querida madrinha, que, ao nos deixar, abriu uma profunda lacuna no seio portelense".

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