Diversão e Arte

Indicados ao Oscar de direção nunca levaram a estatueta

Concorrentes estão em busca do primeiro Oscar da carreira

Ricardo Daehn
postado em 19/01/2015 08:02
Vencedor do Globo de Ouro, Richard Linklater desponta como o favorito ao Oscar, por Boyhood
Uma lista de estranhos no ninho é como podemos definir os cinco cineastas selecionados para a disputa no Oscar na categoria de melhor direção. Não é escolha óbvia alinhar um norueguês (Morten Tyldum), um mexicano (Alejandro González Iñárritu), um egresso do cinema independente (Richard Linklater), um esquisitão por excelência (Wes Anderson) e um realizador descredenciado ao prêmio de melhor filme (Bennett Miller), na mesma lista de candidatos à estatueta de melhor diretor. Isso sem falar no fato de que nenhum deles levou uma estatueta para a casa ainda.


Com reconhecimento cosmopolita, tendo vencido prêmios em lugares como Canadá e Havaí, Morten Tyldum defende O jogo da imitação, filme candidato em oito categorias, mas sem forte apelo, como sinalizaram as cinco derrotas no Globo de Ouro. Com carreira ligada ao thriller e apenas quatro longas no currículo, Tyldum segue o andamento em O jogo da imitação, centrado na vida de Alan Turing, prodigioso gênio da computação que, homossexual, viveu numa Inglaterra conservadora, e pesquisou o uso da criptografia de nazistas em ações da Segunda Guerra.

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Com alguma experiência em indicações anteriores, o trio Alejandro Iñárritu, Richard Linklater e Wes Anderson se sobressai. No grupo, apenas o primeiro disputou um Oscar, pelo pesado drama Babel (2006), enquanto os outros tiveram relevância pelos roteiros escritos.


[SAIBAMAIS]Iñárritu, que concorre por Birdman, tem sido bastante premiado em circuitos de críticos norte-americanos, mas foi barrado no Globo de Ouro pelo concorrente Richard Linklater, de Boyhood. Dedicando mais de 15 anos à execução do filme que literalmente registra o envelhecimento de uma trupe de atores unidos como família, Linklater desponta como um dos favoritos, sem se desvirtuar do caráter de inovação narrativa: são dele, por exemplo, O homem duplo, que decalcou atores de carne e osso em animações, e a trilogia estendida por quase 20 anos e iniciada com Antes do amanhecer (1995).

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