Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Conheça a história da axé music na capital federal

Explosão do gênero na cidade começou na década de 1990


Nem Daniela Mercury, nem Chiclete com Banana. O artista baiano que trouxe a axé-music pela primeira vez a Brasília foi o agora evangélico Cid Guerreiro, autor do Ilariê, o maior sucesso de Xuxa. Em 1984, contratado por um político, ele desfilou em cima de um trio elétrico pela pista em frente ao Centro Comercial Gilberto Salomão, num fim de semana, chamando a atenção dos frequentadores do local.

Dois anos depois, a discoteca Zoom, importante ponto de encontro dos brasilienses à época, receberia a Banda Eva, liderada pelo cantor Ricardo Chaves, que tinha Daniela como backing vocal. Na sequência, outros cantores e grupos de axé começaram a se apresentar na cidade, geralmente em festas concorridas, que tinham a chancela da produtora mambembe Os Filhos de Seu Oswaldo. Evento semelhante era a Salute Salvador, realizada em boates.

Foi a partir de 1990 que o gênero musical criado por Luiz Caldas ganhou outra dimensão na capital. Um dos que contribuíram para isso foi Lino Fructuoso. ;Depois de conhecer a axé-music em Salvador e trazer de lá fitas com os maiores sucessos de cantores e bandas, passei a promover aqui, às quartas-feiras, a Bahia Caribe;, lembra. ;A festa, em que o DJ Emilton misturava axé, lambada e ritmos caribenhos, por dois anos lotou a boate Hyppo;s (também no Gilberto Salomão), com capacidade para mais de 400 pessoas;, acrescenta.

[SAIBAMAIS]Mas o responsável pela transformação do axé em fenômeno no Distrito Federal foi o produtor Sérgio Maione, o Monday, roqueiro que, dono de aguçado tino comercial, transformou o ritmo num rentável produto na área do entretenimento. Aproveitando o estouro de Daniela com O canto da cidade, o primeiro álbum solo dela, ele a trouxe para apresentação no ginásio de esportes do Iate Clube, em 1990, que esteve lotadíssimo.

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