postado em 04/02/2015 19:57
;Hollywood não precisa do seu dinheiro, mas mulheres que sofreram violência, sim;. Esse é um dos slogans da campanha de boicote ao filme Cinquenta tons de cinza, feita por organizações contra violência doméstica nos Estados Unidos e Canadá. A proposta é que as pessoas doem os US$ 50 que gastariam com ingresso do filme para instituições de proteção à mulher. Dentre os vários participantes estão a National Center on Sexual Exploitation, a London Abused Women;s Centre (que fica no Canadá) e a Stop Porn Culture.
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A campanha, sob a hashtag #50DollarsNot50Shades (#50DólaresNão50Tons), afirma que o filme não mostra uma vida sexual saudável, mas sim uma relação de abuso emocional e sexual. O personagem Chistian Grey, para essas instituições, é controlador e dominador, em vez de galã sedutor. ;O livro Cinquenta tons de cinza ganhou total aceitação na cultura popular, mesmo que o enredo romantize a manipulação, perseguição, ameaças, isolação e coerção;, afirmam as instituições no site oficial.
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A conta no Twitter já tem mais de 3 mil seguidores e ganhou repercussão em todo o mundo. Segundo o jornal The Washington Times, as organizadores Jill e Jen (que preferiram não utilizar nomes completos), do Stop Porn Culture e London Abused Women;s Center, respectivamente, comemoram o alcance da campanha, e confirmam que já receberam doações de países como Alemanha e Austrália.
Baseado no best-seller homônimo, o filme tem estreia mundial marcada para o próximo 11 de fevereiro. A trama conta a história de Anastásia Steele, uma jovem de 21 anos que se envolve com um homem mais velho. A polêmica gira em torno das preferências sexuais retratadas no filme, como o sadomasoquismo, em que Anastásia é submissa ao sádico Christian Grey. Quanto a isso, a campanha rebate que o livro ;perigosamente mal interpreta Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo (BDSM), e dá a impressão que esse estilo de vida é fruto de uma infância conturbada e pode ser ;curado;;.