A jornada que o diretor Richard Linklater propõe em Boyhood: Da infância à juventude pode parecer pretensiosa à primeira vista. Filmar uma história durante 12 anos, refletindo o amadurecimento pessoal dos atores nos personagens, soa mais como uma experiência antropológica do que como uma produção cinematográfica. No entanto, foi a simplicidade da história de vida do garoto Mason (Ellar Coltrane, que, hoje aos 20 anos, literalmente passou a maior parte de sua vida diante das câmeras de Linklater) e sua família que conquistou crítica e público.
O filme ainda não tinha distribuidora quando foi exibido no festival de Sundance, em 2014. Ainda assim, Boyhood saiu da cena independente do festival americano para cair nas graças dos votantes de premiações mais tradicionais, como o Globo de Ouro e o Bafta ; em ambos o longa recebeu os prêmios de melhor filme, diretor e atriz coadjuvante para Patricia Arquette.
Com seis indicações ao Oscar, o longa chega dividindo o favoritismo a melhor filme e melhor direção com Birdman ou (A inesperada virtude da ignorância), de Alejandro González Iñárritu. Com sua dramaturgia do excesso, Birdman é o contraponto perfeito para o minimalismo narrativo do experimento de Linklater.
[SAIBAMAIS]Esta é a primeira indicação do cineasta texano à estatueta de direção em quase 30 anos de carreira ; ainda que ele já tenha sido nomeado ao prêmio de melhor roteiro pelos filmes Antes do pôr-do-sol (2004) e Antes da meia-noite (2013). No ano passado, Boyhood lhe rendeu o Urso de Prata de melhor diretor no Festival de Berlim.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.