Diversão e Arte

Carnaval inspira artistas plásticos de renome nacional e internacional

A festa popular empresta cores e movimento a pintores de várias gerações e nacionalidades, especialmente no modernismo e na arte contemporânea

postado em 17/02/2015 10:13

Picasso foi um que se rendeu às cores do Carnaval

Por todas as cores e luzes, o carnaval é uma das manifestações da cultura popular com mais apelo visual. Talvez por isso, a relação da festa com as artes plásticas se mostre tão estreita. O tema perpassou movimentos e gerações de artistas em diversas fases. Nos bailes de máscaras ou nas ruas, quando desejos e fantasias se libertam em quatro dias de folia, os célebres personagens da commedia dell;arte italiana ; Pierrot, Colombina e Arlequim ; unem-se às diversas melindrosas, aos palhaços e aos piratas em vários tons de cores que acompanham o ritmo da festa. O carnaval passa a ser pretexto para produzir arte.

Os exemplos são muitos. O artista espanhol Pablo Picasso reproduziu a alegria do carnaval em litografia na obra Carnival 1958; o surrealista Joan Miró associou personagens da festa ao som de guitarras, violões e partituras representados no famoso quadro O carnaval do Arlequim; o francês Pierre-Auguste Renoir retratou o cotidiano burguês do bairro parisiense de Montmartre, em pleno carnaval, na obra O baile no Moulin de la Galette, marco da pintura impressionista e a mais célebre de Renoir.

[SAIBAMAIS]A artista brasileira Tarsila do Amaral quando saiu de Paris para passar o carnaval no Rio de Janeiro, em 1924, pintou o quadro Carnaval em Madureira, que chama a atenção pela presença da famosa Torre Eiffel no meio do bairro carioca. Algumas interpretações dão conta de que a obra representaria Tarsila, deslocada em seu próprio país, logo após regresso do exterior. O óleo sobre tela utiliza cores fortes, como amarelo, verde, roxo, laranja, azul e vermelho. Além disso, na obra, Tarsila abusou do uso das formas geométricas, como círculos, retângulos, triângulos e quadrados. O quadro também é considerado uma representação gráfica do movimento antropofágico, marco do modernismo brasileiro.

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