postado em 19/02/2015 08:03
O Brasil já esteve diversas vezes no palco do Oscar. Da participação da apresentadora de prêmio Sonia Braga, até o entoar de Caetano Veloso (ao lado de Lila Downs, cantando Burn it blue), a festa verde-amarela foi feita ainda pelo discurso de agradecimento do melhor ator, há 30 anos, William Hurt, que destacou ;as corajosas pessoas do Brasil; e largou até um ;saudades;, em meio ao inglês. Contudo, falta (na cabeça de muitos) a coroação de um Oscar oficial, legitimamente brasileiro. E, este ano, mais uma chance se apresenta, com o já premiado O sal da terra, documentário vencedor de prêmio especial em Cannes, e que, na união dos diretores e Wim Wenders e Juliano Salgado, pode trazer ouro, pelo enfoque da vida do fotógrafo Sebastião Salgado.
Tudo começou, com o filme Brazil, de 1944, em que Ary Barroso teve indicação pela música Rio de Janeiro, mas nada de estatueta. O mesmo destino, na categoria, há três anos, veio para Real in Rio, defendida por Carlinhos Brown e Sergio Mendes, na animação Rio.
Às vésperas dos anos 1960, veio a vitória para um filme artisticamente comprometido com o Brasil, Orfeu do carnaval (ou Orfeu negro), mas que tinha pedigree francês, na assinatura do diretor Marcel Camus. No auge da bossa nova, o Brasil teve bela representação com O pagador de promessas (fita derrubada pelo concorrente Federico Fellini), em 1963, mesmo ano no qual Brasília deu assunto para o documentário Alvorada, do alemão Hugo Niebeling, um filme que teve apenas um concorrente na categoria documental, mas perdeu.
A mesma categoria rendeu parcerias que quase beneficiaram os brasileiros Luiz Carlos Saldanha e Tetê Vasconcelos, pela ordem, codiretores de Raoni (indicado em 1979) e de El Salvador: Another victim (1981), filmes a cargo de Jean Pierre Dutilleux e Glenn Silber. Meio de carona, os codiretores de Lixo extraordinário (de Lucy Walker), Karen Harley e João Jardim, gozaram do prestígio de quase fazerem a festa, há quatro anos.
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