postado em 21/02/2015 08:02
Nos últimos anos, o nome de Bradley Cooper desponta entre os galãs do cinema norte-americano. Ele tem saído na frente de colegas como Ryan Raynolds (Lanterna verde) e Channing Tatum (Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo) na hora de provar que seu talento vai além dos atributos físicos ; pelo menos no que diz respeito à presença em premiações. Ao viver o protagonista de Sniper americano, ele recebeu a terceira indicação consecutiva ao Oscar. Em 2014 e 2013, Cooper foi indicado a melhor ator coadjuvante por Trapaça, e a melhor ator por O lado bom da vida, respectivamente.
[SAIBAMAIS]No entanto, os neuróticos interpretados com leveza por Cooper nos filmes de David O. Russell nada têm a ver com Chris Kyle, protagonista do filme de Clint Eastwood. O longa conta a história real do atirador de elite conhecido por ser o mais letal da história do exército americano, tendo matado pelo menos 160 pessoas durante a guerra do Iraque. A dedicação de Cooper ao viver o militar é materializada na transformação física do ator: com 20 quilos a mais de músculos, a barba espessa e um sotaque forte do Texas, Cooper incorporou Kyle de maneira tão convincente que impressionou até mesmo os amigos mais próximos do franco-atirador, assassinado em 2013.
A imersão de Cooper na personalidade taciturna de Kyle o coloca mais próximo de ganhar o primeiro Oscar. Apesar do favoritismo de Michael Keaton por sua atuação em Birdman, não se pode ignorar a repercussão devastadora de Sniper americano nas bilheterias. Somente nos Estados Unidos, o filme indicado a seis estatuetas arrecadou mais de 300 milhões de dólares. O apelo da história de heroísmo militar levada para o cinema por Eastwood ; ele mesmo duas vezes vencedor do Oscar de melhor direção ; pode fazer a diferença para os votantes da Academia. Se o prêmio levasse em consideração a opinião do público, o ator sairia na frente. Em uma pesquisa realizada pela Reuters/Ipsos, 28% dos entrevistados elegeriam a atuação de Cooper como a melhor do ano. Keaton ficaria em segundo lugar com 12%.
O envolvimento de Cooper com o projeto começou quando ele comprou os direitos da autobiografia de Kyle em 2012. Ao falar sobre o filme, o ator e produtor ressalta o impacto emocional que a história teve para ele. ;É uma oportunidade que mudou a minha vida;, afirmou à agência EFE. ;Tivemos a chance de contar a história desse homem e de sua família, por tudo o que viveram como casal, e, se o filme puder ajudar a outros que passaram por isso a não se sentirem sozinhos, seria incrível;. Em entrevista ao LA Times, Eastwood destacou a paixão de Cooper pelo projeto: ;Bradley esteve engajado em todos os aspectos do filme e tem uma ética de trabalho e um nível de concentração inigualáveis;, elogia.
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