Dominguinhos, herdeiro artístico de Luiz Gonzaga, embora tenha tomado os ritmos nordestinos como a sua seara, passeou com familiaridade pelos mais diversos segmentos da música brasileira, aos quais emprestou impressionante musicalidade, virtuosismo e sofisticação, extraídos das teclas do seu acordeon. Morto em julho de 2013, deixou um vasto e valioso legado para a cultura popular do país.
José Domingos de Morais, nascido no começo da década 1940, já exibia talento precoce quando, aos 7 anos, empunhando um fole de poucos recursos, tocou para Gonzagão no hotel Tavares Correia, em Garanhuns (PE). Do mestre, ganhou o apelido de Nenem do Acordeon, o convite para o procurar no Rio de Janeiro, e, mais tarde, uma sanfona de 80 baixos .
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Depois de acompanhar o Rei do Baião por alguns anos, Dominguinhos formou com Miudinho e Zito Borborema o lendário Trio Nordestino. A partir daí, ele alçou voos mais altos, ao aproximar-se de artistas consagrados, originários da bossa nova, dos grandes festivais, do tropicalismo e de
outras vertentes da MPB. Ao tê-lo em sua banda na turnê de Refazenda, em meados dos anos 1970, Gilberto Gil passou a chamá-lo de ;sanfoneiro pop;.
[SAIBAMAIS]O chorinho é outro estilo musical que teve o acordeonista como intérprete destacado. Desde que o Clube do Choro, em 1997, deu início a projetos que homenageiam notáveis compositores brasileiros, Dominguinhos sempre marcou presença. Na série deste ano, que tem início amanhã e prossegue até a primeira quinzena de dezembro, é a vez de ele ser o reverenciado.
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