postado em 10/03/2015 08:10
O limite entre a comédia e a tragédia não é obstáculo para alguns humoristas que se aventuram no terreno do drama. Atores como Steve Carell - indicado ao Oscar esse ano por sua atuação em Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo , Kristen Wiig, Bill Murray, Robin Williams e Jim Carrey provam que os dois gêneros são faces da mesma moeda. No Brasil, o público pode tanto rir quanto emocionar-se com artistas como Selton Mello, Débora Bloch e Fernanda Torres.[SAIBAMAIS]Fábio Porchat também vai mostrar outra faceta no filme Entre abelhas, que estreia em 30 de abril. Classificado pelo ator como uma tragicomédia, o longa conta a história de um homem recém-divorciado que passa a deixar de ver as pessoas. Reconhecido pelo humor escrachado nos vídeos do grupo Porta dos Fundos, Porchat acredita que gênero cômico costuma ser subestimado por conta de sua leveza. "A comédia é colocada sempre de lado, parece que a pessoa precisa chorar para ganhar um prêmio e não fazer rir. Claro que tem muita comédia ruim, bobinha, mas também tem muitos dramas horríveis", opina.
Na história do teatro grego, a tragédia e a comédia compartilham uma origem comum nas festas em homenagem a Dionísio, deus do vinho, da fertilidade e do êxtase. O pesquisador em artes cênicas da Universidade de Brasília Denis Camargo explica que a desvalorização da comédia em relação ao drama é acentuada na Idade Média, quando termos como carnavalização, vulgarização, profanação e grotesco passaram a ser associados de maneira pejorativa ao gênero.
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