postado em 14/03/2015 11:30
Eventos ao ar livre e gratuitos estão ganhando cada vez mais adeptos na capital do país, uma opção para quem procura um jeito diferente de se divertir nos fins de semana. As festas, feiras e encontros dos mais diversos gêneros têm reinventado não só a forma de ver a cidade, mas de vivê-la. Espaços inusitados, abertos a todos os tipos de público agregam crianças, jovens, idosos, pessoas de todos os estilos, para celebrar a cultura, a diversidade e, é claro, a cidade. O Correio fez uma seleção de alguns lugares e conversou com produtores sobre esse movimento que caiu no gosto dos brasilienses.
Pioneiros
O DJ Afonso Serpa ;El roquer; é um carioca que ;como todo mundo, veio para Brasília e achou a cidade estranha;. Um dos idealizadores do coletivo Confronto Soundsytem, uniu a vontade de fazer festa na rua à estranheza provocada pelo novo lugar. ;As pessoas não se encontravam, não sabia para onde iam;, conta. Em 2004, o grupo de amigos que partilhava da mesma vontade, decidiu levar a festa para o Setor Comercial Sul e foram os pioneiros na intervenção que, hoje, lota aos finais de semana.
Quando o Confronto surgiu, ficou decidido que eles dariam preferência para ;partes da cidade com as quais as pessoas normalmente não se relacionariam;, explica Serpa. ;Lugares cheios de prédio, pelos quais o brasiliense só passa rapidamente, completa.
A primeira edição deu tão certo que, há 11 anos promovendo eventos do tipo, eles continuam chamando atenção dos públicos mais variados. ;Na primeira festa, juntaram nossos convidados, os porteiros, travestis, moradores de rua, crianças e gente que passava ali perto;, relembra o DJ. Para o grupo, essa talvez seja a característica mais importante ao realizar um evento cultural na rua: ;Promover uma forma de saber se relacionar com a cidade e com a diferença.;
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