Diversão e Arte

Diversidade do cinema nacional ainda fica de fora das salas de exibição

Os cinemas brasileiras estão ocupados por comédias e cinebiografias

postado em 17/03/2015 10:21
Lucro fácil: Leandro Hassum é a estrela da comédia Até que a sorte nos separe 2
Nos últimos anos, o cinema brasileiro conquistou espaço nas salas comerciais e no gosto do grande público por meio das comédias e das cinebiografias. Parte significativa do lucro vem de títulos como Até que a sorte nos separe 2, com o humorista Leandro Hassum, que levou quase 3 milhões de pessoas ao cinema em 2014, em 778 salas de exibição. O número contrasta com o de filmes como Eles voltam, de Marcelo Lordello, um dos vencedores do Festival de Brasília de 2012, que no ano passado chegou a sete salas, acumulando um público de apenas 5,4 mil pessoas.

Os crescentes investimentos da Agência Nacional do Cinema (Ancine) no audiovisual têm movimentado a produção no setor. Somente no ano passado, o montante disponibilizado pelo Fundo Setorial do Audiovisual chegou a R$ 548 milhões, um crescimento de mais de 14 vezes em relação a 2008. Segundo levantamento da agência, 114 filmes nacionais foram lançados em 2014. Apesar da movimentação do setor, os títulos que ocupam as principais salas comerciais do país não refletem a diversidade do cinema nacional. Uma vez concluído o longa-metragem, a distribuição continua sendo o grande desafio das produtoras independentes.

Um acordo feito com a distribuidora Imovision ainda durante a produção de Tatuagem, consagrado pelos festivais de Gramado e do Rio, garantiu que o longa fosse lançado em novembro de 2013. O diretor Hilton Lacerda explica que, mesmo chegando ao cinema, o público do longa é específico. ;Não produzimos com a ideia do blockbuster. No circuito comercial esse cinema faz parte de um coro que leva o brasileiro a voltar-se para si mesmo. A visibilidade ainda é pequena, mas continuamos insistindo.;

Para o diretor, o próximo passo é reformular o esquema de distribuição no Brasil. ;A produção é muito maior do que a acessibilidade. É necessário criar e pensar outras estratégias para ocuparmos essas janelas. Senão ficamos dependendo do conceito comercial das salas de exibição;, acredita.

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