Diversão e Arte

Trágico diagnóstico do consumo de artes no DF se reflete por todo o país

A pesquisa realizada pela Codeplan aponta que 86,74% dos brasilienses nunca frequentaram teatro, enquanto 63,54% não cultivam qualquer hábito de leitura

postado em 19/03/2015 07:22
A pesquisa realizada pela Codeplan aponta que  86,74% dos brasilienses nunca frequentaram teatro, enquanto 63,54% não cultivam qualquer hábito de leitura
Ao longo dos últimos dias, por meio desta série de reportagens, cruzamos com um panorama pouco favorável à cultura. Esbarramos com artistas carentes de espaços, pais que buscam uma melhor formação para os filhos, professores militantes que tentam intervir por meio de projetos e um público refém do descaso das autoridades. A pesquisa do próprio governo, realizada pela Codeplan, transparece uma realidade atroz: 86,74% dos brasilienses nunca frequentaram teatro, enquanto 63,54% não cultivam qualquer hábito de leitura. Museus, cinemas e bibliotecas também registram baixa procura.

[SAIBAMAIS]De alguma maneira, a situação local reflete uma precariedade que se estende por todo o país. Entre as dificuldades percebidas, a psicóloga, mestre em educação e professora aposentada da Universidade Federal do Ceará Vivina Rios Balbino aponta a falta do hábito de leitura como uma das principais preocupações a serem sanadas, seja no Distrito Federal ou no resto do Brasil. ;É de fundamental importância incentivar a formação do hábito de leitura na criança desde cedo. Dessa forma, a criança desenvolve a imaginação, as emoções e os sentimentos de forma prazerosa e significativa estimulando o próprio desenvolvimento social, emocional e cognitivo;, comenta.

Contornos drásticos

De acordo com a última pesquisa conduzida pelo instituto Pró-Livro, o número de leitores ativos no país caiu 5% (entre 2007 e 2012). A leitura passou do terceiro lugar, entre as atividades realizadas no tempo livre, para o sétimo. O quadro nacional ganha contornos ainda mais drásticos em várias regiões do DF. Na Fercal, por exemplo, 82,95% dos moradores nunca abriram um livro. Os números da Codeplan, segundo a professora Vivina, ;mostram a péssima situação da cultura e das artes no DF;. Um cenário que ela teve a oportunidade de acompanhar de perto, já que também lecionou na Universidade de Brasília (UnB).

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