Agência France-Presse
postado em 21/03/2015 16:23
"Mad Men" captou o estilo dos mais elegantes - e bêbados - publicitários dos anos 1960 em Nova York, fascinando a audiência com histórias de criatividade e infidelidades.Esta vívida representação da Manhattan de outrora ganhou milhões de fãs no mundo, dezenas de prêmios e trouxe fama para atores que eram desconhecidos antes da estreia da série em 2007.
Agora que os últimos sete episódios serão transmitidos a partir de 5 abril - nos Estados Unidos pela AMC -, a cidade poderá desfrutar de almoços e coquetéis a preços mais baratos e visitar uma exposição sobre a exitosa série de televisão.
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Na próxima segunda-feira, a AMC inaugurará uma escultura comemorativa na frente do Time and Life Building, sede na ficção da Sterling Cooper and Partners, a empresa de publicidade em torno da qual gira o seriado.
[SAIBAMAIS]Jon Hamm - que interpreta Don Draper - e suas coadjuvantes Elisabeth Moss (Peggy), January Jones (Betty) e Christina Hendricks (Joan) assistirão à cerimônia. A estátua permanecerá exposta na praça durante o verão americano, informou o canal.
O Museu da Imagem em Movimento montou uma exibição de cenários, peças de vestuário e centenas de objetos de adereços; assim como uma visão fascinante de como o criador Matthew Weiner converteu sua ideia em uma série televisiva.
A exposição, que segundo a curadora Barbara Miller foi "extremamente popular", inaugurou na sexta-feira passada e irá até 14 de junho. O museu informou que o primeiro fim de semana 2.000 pessoas foram ver a mostra, mais do que o dobro da frequência normal. "A exposição está trazendo um novo público aqui que, ou são fãs de ;Mad Men;, ou são pessoas curiosas que ouviram falar da série", explicou Miller.
Os visitantes podem entrar na agência de Don Draper, com todo o seu glamour dos anos sessenta, e depois visitar a cozinha colonial dele e de sua esposa Betty, tão fiel à vida real que até o ralador de queijo parece ter anos de uso.
A pergunta de um milhão de dólares
Entre os mais de 30 figurinos em exibição está o vestido preto usado por Megan, secretária e depois esposa de Don Draper quando cantou "Zou Bisou Bisou", assim como alguns dos vestidos que transformaram Joan e sua intérprete, Hendricks, em símbolo sexual internacional.
"A pergunta de um milhão de dólares é ;o que faz com que um programa de televisão ou um filme sejam fantásticos?;", disse Miller à AFP.
"Acho que o estilo visual da série é charmoso e que isso atrai muita gente. Mas não sei se teria sido possível sustentar isso durante sete temporadas de sucesso sem uma estrutura narrativa forte e personagens convincentes".
Outro detalhe da exposição são as anotações feitas por Weiner na década de ;90, 15 anos antes da série chegar à televisão.
O salão dos roteiristas de "Mad Men" também foi reconstruído parcialmente. A mesa e as cadeiras da sala foram levadas de caminhão de Los Angeles, onde a equipe se reunia diariamente para preparar as histórias.
A americana Linda Pawlowski, uma visitante do museu, comentou que o desenho era tão autêntico que lhe lembrava a juventude.
"Meu filho e minha nora viram o seriado e acharam fascinante porque é um período da história do qual não sabem nada", comentou a AFP.
Como parte da celebração, Nova York contará ainda com a Semana da Comida Mad Men, uma paródia da tradicional Semana dos Restaurantes que oferece pratos mais baratos em algumas dos restaurantes mais finos da cidade.
De 23 a 29 de março, os fãs podem imitar os personagens de "Mad Men", degustando aperitivos sofisticados ou degustar um almoço com dois pratos e dois coquetéis por 19,69 dólares em mais de 30 restaurantes.