Adriana Izel
postado em 22/03/2015 08:10
O rumo que a música brasileira tomou a partir dos anos 1950 poderia ter sido completamente diferente se o sírio André Midani não tivesse se mudado para o Brasil, fugindo da Guerra da Argélia. E isso não é um exagero. Histórias como essas estão retratadas na série documental André Midani ; Do vinil ao download, no GNT, e também na autobiografia de mesmo nome.
O confeiteiro, que se apaixonou por discos ainda na juventude, veio ao país tentar a vida após trabalhar na gravadora Decca, na França, responsável pelos lançamentos de álbuns de Louis Amstrong e Ella Fitzgerald. A experiência na empresa francesa fez com que Midani conseguisse um emprego na gravadora Odeon 72 horas depois de pisar em solo brasileiro, sem sequer falar a língua, conhecer alguém ou, simplesmente, ter ouvido canções de artistas brasileiros.
;Naquela época, na França, não tínhamos acesso à música brasileira. Quando cheguei, havia aqueles intérpretes com vozeirão cantando músicas românticas, ou então os sambistas. Mas essa geração do samba era muito prejudicada porque não havia os equipamentos necessários para gravar com qualidade. E isso é algo que lamento, porque, posteriormente, cheguei a conhecer dona Ivone Lara e outros, e passei a ter o maior respeito por essa música;, lembra André Midani em entrevista ao Correio.
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