Adriana Izel
postado em 23/03/2015 06:03
O rap paulista e os estilos de raízes nordestinas e africanas, como repente, embolada, cordel, coco, ciranda, jongo e baião, se misturam no disco solo do rapper Gaspar, conhecido por integrar a banda Z;África Brasil há 20 anos. O álbum surgiu de projetos culturais em que o cantor está envolvido nas periferias de São Paulo e de uma longa pesquisa durante a carreira. ;É um trabalho solo, mas que teve início da base de músicos e pessoas que passaram ao longo dos anos e foi juntando força até virar o CD;, explica.
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Rapsicordélico é uma forma de contar a história da cultura hip-hop no Brasil, que, para Gaspar, teve uma influência dos ritmos regionais. O rapper diz que discorda da declaração do ativista e dançarino Nelson Triunfo de que o repente e a embolada não são rap. ;O repente se não é o pai do rap, é, pelo menos, o avô;, defende.
Para o artista, unir o rap tradicional com os estilos brasileiros e afros, além de referências dessas culturas é uma forma de dar uma visão universal ao gênero, algo que ele conseguiu fazer com apoio do produtor musical João Nascimento. ;Misturamos com o que é nosso. Tem o coco como se fosse a batida de um b-boy, a literatura de cordel, o canto das lavadeiras, mas com as métricas tradicionais do rap;, completa.
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