Diversão e Arte

Sobradinho, Jardim Botânico e Ceilândia serviram de locação em filme

O longa-metragem "A crônica dos mortos-vivos", de Jimi Figueiredo, tem cerca de 25 profissionais da cidade

Ricardo Daehn
postado em 24/03/2015 10:12

Equipe do filme A crônica dos mortos-vivos: 25 profissionais da cidade trabalharam na produção

Já com um pé em São Paulo, diante de compromissos com o cinema, o diretor Jimi Figueiredo está atribulado com a recém-concluída filmagem do mais recente filme, A crônica dos mortos-vivos. Passaram 10 anos, desde a estreia com Superfície, feito em 35mm, e mais ainda, na produção encarrilhada de outros cinco curtas-metragens. Cercada de mistério, a filmagem do longa segue a linha do enredo: um casal separado dá margem a tensas situações. ;O homem não consegue se desvencilhar da vida anterior que ele levava. Como hacker, por meio de um programinha, ele continua espionando a mulher e a filha;, adianta Jimi. No elenco, além da prata da casa, o ator Sergio Sartório, estão destacadas presenças na tevê como João Baldasserini (Felizes para sempre?), Marisol Ribeiro e Vivianne Pasmanter.

[SAIBAMAIS];Gosto mais de estar nos filme pequenos e de baixo orçamento, que têm equipe menor;, conta a atriz Vivianne Pasmanter. Cerca de 25 profissionais da cidade trabalharam na produção que tem aspectos de história amorosa. ;Bem único;, o andamento das filmagens consumiu 10 dias da atriz. ;Jimi gosta muito do realismo ao máximo. Nunca tinha vivido isso de acontecerem, durante as cenas, sequências vivenciadas. Percebo que há muitos filmes dentro do longa do Jimi. Os personagens são sacaneados por uma conjuntura que foge da alçada deles;, comenta Pasmanter. Ela conta que conheceu Brasília por meio do cinema, com o longa (em processo de remontagem) Jogo da memória (2014), também do diretor. O filme deverá ser lançado no fim do ano.

Alguns condomínios de Sobradinho e paisagens do Jardim Botânico, da Ceilândia e da 709 Norte serviram de locações para o longa. Um providencial buraco na cortina da casa do ator Sergio Sartório, na 416 Norte, também acusa a passagem dos profissionais envolvidos em A crônica dos mortos-vivos. ;Daqui fizemos o reencontro dos protagonistas, num plano-sequência que revelava sentimentos, depois de um ano de separados. Raul, o meu personagem, é um cara travado, cheio de dificuldades e de angústias: tem emoções que não deixa sair;, explica Sartório.

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