A crise que atinge o mercado editorial brasileiro não alcançou a produção de quadrinhos brasiliense. A falta de incentivo de grandes editoras não é, necessariamente, um problema para artistas locais. Por meio de selos independentes, sites ou financiamento coletivo, quadrinistas de Brasília tem garantido que, ao menos nas tirinhas, o cenário continue empolgante e promissor.
[SAIBAMAIS]Dois lançamentos confirmam o bom momento: as obras Marco, o macaco do espaço e O lobisomem / A múmia, respectivamente, publicadas por Daniel Lopes e Eduardo Belga na última semana. Cada um à sua maneira, reforçam a identidade do cenário candango, marcado por coletivos que se movimentam e se retroalimentam em prol do fortalecimento desse tipo de arte.
;Estamos em um momento bem fértil, tem bastante gente produzindo e publicando, principalmente, na internet ou no formato de zines. O público ainda é de nicho, mas, aos poucos, o pessoal vai conseguindo ampliar a cena e atrair outros leitores;, afirma Daniel Lopes.
;Tem crescido o número de produtores de quadrinhos e a qualidade de produção, em todos os sentidos. Mas a parte comercial, de distribuição e vendas ainda é muito defasada. E existe um público gigante, que provavelmente adoraria ler certas coisas, mas não sabe que pode, não sabe o que existe coisa boa para adulto em quadrinhos;, pontua Eduardo Belga.
Marco, o macaco do espaço
De Daniel Lopes. Selo MÊS, 72 páginas. Preço médio: R$25.
O lobisomem/A múmia
De Eduardo Belga. Narval Comix, 56 páginas. Preço médio: R$ 28.
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