Diversão e Arte

Belga Stromae faz sucesso ao juntar crítica social à música eletrônica

O disco Racine Carrée chegou ao rimeiro lugar em 16 países e esteve entre as cinco canções mais ouvidas em 31 nações

Adriana Izel
postado em 04/04/2015 08:01
O belga Stromae mistura rap, música eletrônica e mensagens fortes

O belga Stromae, que esteve no Brasil nas últimas semanas para apresentações no Rio de Janeiro (festival Back2Black) e em São Paulo, tem feito a cabeça de muita gente. Até o presidente norte-americano Barack Obama admitiu ser fã do som feito pelo artista, e a cantora neozelandesa Lorde também caiu de encantos, convidando-o para participar da trilha sonora do filme Jogos vorazes, cuja curadoria é assinada pela jovem. Os rappers brasileiros Emicida e Criolo fizeram questão de tietar o artista durante o festival carioca de música negra, realizado nos dias 20 e 21 de março. Além disso, o single Papaoutai, do álbum Racine carrée (2013), atingiu o primeiro lugar em 16 países e esteve entre as cinco canções mais ouvidas em 31 nações.

[VIDEO1]

O lançamento do segundo disco da carreira foi o primeiro passo para a consolidação de Stromae. Pelo menos três faixas do material tiveram destaque mundial, além de Papaoutai, as músicas Formidable (do clipe em que o artista se finge de bêbado pelas ruas) e Tous les mêmes conquistaram grande repercussão entre o público. Antes, o artista havia sentido um pouco do sabor do sucesso com o hit Alors on danse, do disco de estreia Cheese, de 2010.

Alguns pontos podem ser apontados para definir o motivo da boa repercussão do artista. O som feito por ele é algo moderno que mistura influências do hip-hop com música eletrônica e ainda tem características de canções francesas. Se já não bastasse isso outro trunfo do belga está nas mensagens transmitidas nos hits, que unem alegria e tristeza, como o próprio artista gosta de definir em entrevistas.

Machismo, paternidade, alienação, doenças sexualmente transmissíveis e discriminação são alguns dos temas levantados em suas canções (esse último, inclusive, é assunto importante e recorrente abordado por artistas de sociedades africanas pós-coloniais). A ausência paterna é o mote da faixa Papaoutai, que é uma clara referência ao pai de Stromae com quem teve uma convivência muito pequena. Ele viu o pai apenas cinco vezes na vida.

Carreira
Stromae, ou melhor dizendo Paul Van Haver (nome de batismo), começou a se envolver com a música aos 11 anos. Aos 15 se lançou como rapper sob a alcunha de Opmaestro, que precisou mudar porque outro artista já usava a mesma alcunha. A criação do termo Stromae veio de uma inversão silábica (brincadeira típica de alguns guetos de países de língua francesa) da palavra ;maestro;. Esse tipo de ;gíria;, o cantor também leva para as suas músicas e está presente em Papaoutai (papa, oú tu es?), por exemplo.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação