postado em 15/04/2015 08:04
Em 2003, o gaitista Gabriel Grossi conheceu o jornalista Rémy Kolpa Kopoul. Apaixonado por música brasileira, Kopoul contou a Grossi um desejo antigo, que tinha desde o fim da década de 1980: montar um espetáculo com a história da música brasileira de 1920 até 1950. O tempo passou, mas o projeto não foi esquecido. Há três meses, o francês telefonou para o brasileiro. Era um convite para ser o diretor musical de K Rio K, a montagem tão sonhada.
;Kopoul é um dos maiores divulgadores da música brasileira na França. Até hoje me lembro de quando nos conhecemos. Eu, Mayra Andrade (cantora cabo-verdiana), Seu Jorge e Mariana de Moraes (neta de Vinicus) fomos à rádio dele. Foi um contato muito legal. Gravamos juntos e conversamos bastante. Interessante que, pouco tempo depois, a Mayra e o Seu Jorge fizeram sucesso mundialmente;, lembra o gaitista brasiliense. ;É algo novo atuar como diretor musical. É uma experiência muito diferente e interessante. Trabalhar com a música no teatro, dessa maneira, é muito mais interativo;.
Além de dançarinos e dos atores Aurélia Arto, Mariana de Moraes e David Bursztein, o espetáculo tem a presença de instrumentistas nacionais e estrangeiros. A big band é formada por Grossi (harmônica), Daniela Rezende (voz), Marcelo Rosário (violão 7 cordas), Gabriel Geszti (piano), Ze Luis Nascimento (percussão), Dudu Oliveira (flauta), Gabriel Rosário (bandolim) e Gabriele Mirabassi. Clarinetista italiano, Mirabassi é conhecido pelos brasileiros: ele já gravou discos com o pianista André Mehmari e o violonista Guinga.
A ;viagem; pela música brasileira no Nouveau Théâtre de Montreuil (Paris) passa por composições de Pixinguinha (Carinhoso), Ernesto Nazareth (Apanhei-te, cavaquinho) e Dorival Caymmi (Maracangalha), entre outros. O roteiro musical também conta com dois temas do gaitista: Nossa valsa, parceria com o violonista paulista radicado em Brasília, Felix Júnior, e Banzo, feito especialmente para o espetáculo.
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