postado em 16/04/2015 08:05
Deborah Ann Woll cresceu brincando de Dungeons & Dragons, jogo de fantasia que é sucesso mundial desde os anos 1980. A ;nerdice; da atriz aumentou exponencialmente, no entanto, desde que ela disse sim ao papel de Karen Page, da recém-lançada série Demolidor. A primeira das quatro adaptações de HQs da Marvel a serem rodadas pelo Netflix levou a nova-iorquina de 30 anos ao rico universo de heróis e vilões de uma maneira visceral.
[SAIBAMAIS];Tinha passado por dois roteiros antes de ler os quadrinhos, mas não penso nela na versão de Stan Lee (criador) ou Kevin Smith (ilustrador). Penso em como torná-la uma mulher coerente;, explicou. Ela conseguiu. A Karen de Deborah é tão cativante quanto a versão de Charlie Cox para o protagonista Matthew Murdoch. A produção cinematográfica e o roteiro sólido também são razões de encantamento e colocam o Demolidor do Netflix à frente do film de 2003.
Os 13 episódios da primeira temporada foram rodados de uma só vez, em Nova York. ;Sentia como se estivesse fazendo cinema. Os episódios são sequências, a história é contínua e não se repete;, atesta a atriz, que passou sete anos como a vampira Jessica, de True blood, e ainda arrumou tempo para filmes, como Ruby Sparks: A namorada perfeita (2012). Ela não esconde a felicidade de estar em uma série cujo protagonista é cego, já que fala sempre da choroideremia, doença degenerativa que afeta a visão do namorado E.J. Scott.
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Cinco perguntas para Deborah Woll
Por que a audiência é tão encantada por super-heróis?
No mundo em que vivemos, acredito que faz bem às pessoas acompanharem histórias de alguém que se dedica completamente a cuidar e ajudar os outros.
O que faz Demolidor diferente de outros heróis?
Matthew Murdock luta contra criminosos reais, em vez de semideuses ou alienígenas, como fazem, por exemplo, Os Vingadores. Ele lida com mafiosos e foras de lei que são humanos. Esse é um ponto de virada muito interessante, cheio de possibilidades.
A mulher é mal representada na tevê?
Não sei se mal representada, pois existem muitos papéis para mulheres no ar. Agora, em termos de qualidade dessas personagens, ainda temos um longo caminho pela frente.
Em True Blood você era uma vampira, tinha superpoderes. Agora é uma sobrevivente. Quais são os desafios desse papel?
Karen não tem medo de se colocar em perigo, se for para um bem maior. E vemos ela se recuperando dessa experiência traumática e agora é uma sobrevivente. Ela é muito ativa. Tive de falar espanhol em uma das cenas e isso é muito difícil para mim (risos).
O que fez você aceitar interpretar Karen?
Adoro a coragem dela. Em princípio, pensamos que ela será apenas um contraponto para os garotos (Matt Murdock e Foggy Nelson), mas ela acaba tendo uma linha da trama que é só dela.