Nahima Maciel
postado em 18/04/2015 07:56
Foram seis meses de pesquisa durante a qual se ouviu um total de 90 jovens com idade entre 18 e 35 anos. O mapeamento Retrato Brasília teve início em agosto de 2014 e se encerra agora com um livro e um aplicativo que servem para fixar e dar continuidade aos resultados do projeto. Lançados simultaneamente na segunda-feira em homenagem aos 55 anos de Brasília, os dois produtos são uma forma de manter constante o trabalho de mapeamento das expressões culturais do Distrito Federal, realizado durante os últimos meses, graças a uma parceria entre o Correio Braziliense e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). ;Todas as pessoas reveladas pela pesquisa por recorrência, os novos pioneiros e influenciadores, estão no livro;, avisa Jackson Araújo, um dos diretores criativos do projeto.[SAIBAMAIS]Cada cena brasiliense é um capítulo do livro, o que reproduz o formato da própria pesquisa. Uma série de textos introduz as diretrizes do projeto antes de dar início à apresentação dos resultados. No capítulo Jiu Jitsu Cultural, os organizadores do estudo explicam que seguiram ;a onda de movimentos independentes; para chegar aos novos formadores da cultura brasiliense, responsáveis por construir uma identidade para a cidade por meio de iniciativas que tentam driblar as limitações e unir esforços individuais e coletivos.
O capítulo Novos Pioneiros traz nomes e depoimentos de empreendedores em todas as áreas, gente envolvida em promover a cultura urbana de Brasília. Todos participaram dos seminários realizados pelo projeto entre setembro e dezembro de 2014, a base para organizar o Festival Retrato Brasília, realizado este mês no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Em Influenciadores, estão os nomes dos realizadores mais citados na pesquisa feita pela consultoria Mindset/WGSN.
São pessoas responsáveis por projetos e ações colaborativas na cidade, gente como Bruno Bernardes, da Galeria Ponto, Daniel Amaro, do Cineme-se: filmes e música, e Fernanda Popsonic, da banda Lucy and the Popsonics. Além de fotografias, há depoimentos e miniperifs do participantes que explicam seu lugar na cena cultural da cidade. No capítulo Jiu Jitsu Cultural entram ainda as pesquisas artísticas empreendidas na cidade por meio de projetos como o Novo Guia de Brasília, de Gabriela Bilá, as ações do Coletivo Transverso, e as iniciativas de criar pontos de convergência nas artes plásticas como as galerias Alfinete e Elefante Centro Cultural.
Expansão
Além do livro, o Correio Braziliense e o CCBB lançam hoje um aplicativo que poderá ser baixado gratuitamente e que reúne todos os empreendedores presentes na pesquisa, com a possibilidade de expandir para novos participantes. Estabelecimentos e eventos poderão ser acrescentados por seus proprietários e organizadores gratuitamente no aplicativo. As buscas poderão ser feitas por categorias ou por mapas e localização. O conteúdo será lançado na segunda, com o livro, mas o download para ambientes IOS e Android deve estar disponível nos próximos sete dias. ;Você pode cadastrar eventos com fotos, textos e vídeos;, avisa Jackson, que encara o produto como uma forma de dar continuidade ao projeto. ;É um work in progress.;
O livro Retrato Brasília marca o encerramento da primeira fase do projeto, mas Jackson aposta no desenvolvimento de uma segunda fase. A ideia ainda depende de aprovação, mas ele quer seguir o mapeamento incluindo, principalmente, as cidades do Distrito Federal. ;O entorno não foi mapeado porque tivemos pouca participação. Nessa segunda fase, pode entrar, inclusive, quem já foi mapeado;, diz. uma segunda fase. O CCBB vai imprimir 2 mil exemplares do livro e distribui-los, principalmente, entre os participantes do projeto.
Retrato Brasília
Livro e aplicativo. 200 páginas/
Correio Braziliense e Centro Cultural Banco do Brasil