Diversão e Arte

Brasiliense Horta Project tocará em festival paulista

Banda fará parte do set list do PiB - Produto Instrumental Bruto

postado em 24/04/2015 18:32
O trio Horta Project sobe ao palco no domingo

Começou nesta sexta-feira (24/4) e vai até domingo (26/4), em São Paulo, o PiB - Produto Instrumental Bruto, um festival de bandas instrumentais, que tem por objetivo promover esse estilo na cultura musical. Para esta edição, oito bandas foram selecionadas e se apresentam na Casa das Caldeiras, no Complexo Cultural Funarte SP. Um dos grupos selecionados, pela primeira vez, é de Brasília, o Horta Project.

No domingo, a banda formada por Rodrigo Vegetal (guitarra), Tiago Palma (bateria) e Lucas Cuesta (baixo) sobe ao palco para mostrar que a capital do país também sabe fazer música nesse estilo. ;Desde que a banda começou, uma das maiores vontades era de poder tocar no palco do PiB e conquistar esse espaço;, explica Tiago. O grupo atua desde 2008, quando se reuniram para compor a música do primeiro EP, que leva o nome da banda. O Horta Project vai dividir a apresentação com a Camarones Orquestra Guitarrística, do Rio Grande do Norte.

No palco do PiB já se apresentaram grandes nomes da música instrumental contemporânea, como Macaco Bong (MT), maior expoente do rock instrumental, e o Pata de Elefante. A Horta Project participou de grandes festivais, como o 51; Aniversário de Brasília e o Caça-Bandas, da produtora GRV, em 2012.

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Confira entrevista com a Tiago Palma, baterista da banda Horta Project:


Qual a importância e a dimensão de se apresentar nesse festival?
Enorme! Como uma banda instrumental, a gente sabe que são poucos espaços e oportunidades de se apresentar e o Festival PIB é o mais tradicional e representativo dessa cena. São poucas as oportunidades e temos muito respeito e admiração pelo pessoal que produz ele.

Qual a percepção do grupo a cerca do espaço dedicado a música instrumental e autoral?
A música instrumental tem um alcance muito restrito quando comparado com o formato tradicional com voz. Em especial, no rock. Porque outros gêneros, como o Choro, música clássica, até mesmo a música eletrônica, já conquistaram seu espaço e tradição pelo instrumental. Porém, o rock instrumental fica muito segmentado a públicos restritos. Especialmente porque a maioria faz um som no estilo progressivo, com muitas partes e muitas vezes bastante complexas. Isso nem sempre atrai o público em massa. Porém, a falta de uma voz, uma língua, faz da música instrumental algo universal, que pode conversar com público do mundo inteiro.

Como a banda enxerga a cena da música instrumental em Brasília? O que pode ser melhorado e em quais aspectos a cidade e seus apoiadores pecam?
Brasília tem uma cena pequena para o instrumental autoral no estilo banda. São algumas bandas, muito boas, como Passo Largo, Muntchako, porém ainda está se desenvolvendo. O que falta é os produtores acreditarem que a música sem voz também entretém e geralmente é bem recebida nos shows, misturando com bandas tradicionais. O que importa é não segregar e achar que o instrumental só pode andar com bandas parecidas. Isso enfraquece a cena para todos. Afinal, nós fazemos música. Mais especificamente, rock. Com ou sem voz.

Serviço
Dia 26 de abril, domingo, Casa das Caldeiras - Abertura da casa as 16h. Dentro do projeto Todo domingo nas Caldeiras. Entrada Franca.
- 16h - 18h - Oficina de Percussão em sucata com Loop B (Inscrições no local)
- 16h - 22h - Feira cultural (lista de expositores abaixo)
- 16h - 22h - Exposição de arte - Curadoria em conjunto com Mariana Coggiola (Epicentro Cultural) - artistas: David Menezes Davox, Magno Borges & Guilherme Pinkalsky.
- 18h45 - Apresentação de dança contemporanêa - Trecho do processo criativo do espetáculo Hell (Estréia Prevista para Julho/2015) Interpretes: Elenita Queiroz e Edson Calheiros.

Shows dia 26/04:
18h - Boom Project Band (São Paulo / SP)
19h - Camarones Orquestra Guitarrística (Natal /RN)
20h - Horta Project(Brasília / DF)
21h - Os Skrotes (Florianópolis / SC)

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