Adriana Izel
postado em 07/05/2015 08:03
Há uma certa tradição entre os artistas de Brasília em ter bons resultados nos reality shows musicais. Ellen Oléria, por exemplo, foi a primeira vencedora do The voice Brasil, que contou com outros nomes da cidade ao longo das três temporadas. Na estreia do programa Superstar, as bandas brasilienses ficaram de fora. No entanto, na sequência da atração, lançada neste ano, Brasília voltou a ser protagonista com a presença do quarteto Scalene, formado por Tomás Bertoni (guitarra), Philipe Conde (bateria e vocal), Gustavo Bertoni (vocal e guitarra) e Lucas Furtado (baixo).
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[SAIBAMAIS]O grupo se classificou no último domingo com o melhor resultado da noite. Conseguiu 89% de aprovação, o segundo maior índice da história do reality show. ;Nós saímos do palco e a galera da produção nos avisou que tivemos a segunda maior pontuação. Teve uma banda que conseguiu 90% em outra semana e a gente alcançou 89%. Ficamos meio sem entender que aquilo era real. O resultado foi massivo;, comenta o baixista Lucas Furtado.
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A participação da banda no programa surgiu após um convite da produção do Superstar durante as seletivas em Brasília. Desde fevereiro, a Scalene já sabia que participaria da atração. No entanto, teve que manter sigilo até o último domingo, algo que se tornou rotina para os brasilienses. No ano passado, eles ficaram sabendo que estavam no line-up do festival Lollapalooza (SP) em setembro, mas apenas em novembro, quando saiu a lista de atrações, o quarteto pôde falar sobre o assunto.
A estreia no Superstar ocorreu com a canção autoral Surreal, do álbum Real/Surreal (2013). A faixa, composta pelos irmãos Bertoni, ficou em oitavo lugar no ranking de vendas do iTunes, enquanto o disco atingiu o sexto lugar na plataforma digital. ;Isso foi importante por vários motivos. A gente nunca tinha chegado ao ranking de vendas do iTunes e, naquele dia, éramos a única banda de rock autoral na lista. É bom saber que as pessoas ouviram nossa música e foram atrás para conhecer mais do nosso trabalho;, completa Furtado.
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Três perguntas // Lucas Furtado, baixista
Vocês foram aprovados com 89% de percentual e também tiveram um bom feedback dos jurados que os classificaram como ;uma banda pronta;. Como foi isso tudo para vocês?
Ouvir dessa galera que já está na estrada há um tempão e do Paulo Ricardo, que tem de carreira o que a gente tem de idade, que somos uma banda pronta, dá um respaldo muito bom e uma confiança. É o reconhecimento do trabalho que estamos fazendo há seis anos. Damos muito duro para os passos corretos com a Scalene.
Como resumir um ano em que vocês tocaram no Lollapalooza, estiveram no South by Southwest (SXSW) e agora estão no Superstar?
Fechamos 2014 planejando que 2015 seria bem legal. Não sabíamos de muitas coisas, mas tínhamos pretensão de chegar ainda mais longe. Essas coisas foram acontecendo e fomos ajustando os nossos planos. Depois de tocar no exterior e no Lollapalooza, queríamos uma continuidade e ficamos pensando: ;o que faremos o resto do ano para chegar ao maior número de cidades e de ouvidos?;.
Para vocês, qual é a importância de representar Brasília e colocar a música da capital de volta às atenções do país?
Isso é muito legal, porque a história do rock de Brasília é muito pautada pelas bandas dos anos 1980. Depois, sempre tivemos representantes como Raimundos e Móveis Coloniais de Acaju, mas nunca como um movimento, como aconteceu naquela época. Independentemente disso, Brasília continua no imaginário das pessoas como um lugar que produz boas bandas e, fazer parte disso, só reforça essa aura da cidade.
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