Nahima Maciel
postado em 14/05/2015 08:05
Um bom maestro não se faz apenas com teoria. É preciso prática, claro, mas também é necessário conhecer filosofia, literatura, história e línguas diferentes. O instrumento do maestro é a orquestra e as horas de batuta em riste contam tanto quanto as horas debruçado sobre um violino ou um piano. Se conseguir ensinar isso aos 20 regentes que comparecem a cada dois meses a suas aulas, o maestro português Osvaldo Ferreira vai ficar contente. Radicado em Brasília desde 2013, ele quer criar na cidade uma Academia Brasileira de Regência para formar jovens maestros.
Nascido no Porto (Portugal), Ferreira tem uma longa experiência com a batuta. Entre 2005 e 2010, regeu a Orquestra do Algarve, hoje Orquestra Clássica do Sul. Com formação na Alemanha, Estados Unidos e Rússia, ele foi aluno-assistente de Daniel Barenboim e Claudio Abbado, além de ter estudado regência com Ilya Mussin, responsável pela formação dos grandes maestros do bloco soviético.
A colaboração com o Brasil começou com a Oficina de Música de Curitiba, festival que acontece há mais de 30 anos no Paraná. Ferreira participou de várias edições até ser convidado para reger a Orquestra Sinfônica do Paraná, em 2011. O casamento com Carolina de Souza Frederico, violinista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, o trouxe a Brasília.
Ele acredita que a música clássica na capital está em perigo e quer montar projetos capazes de impulsionar um circuito musical. A Academia Brasileira de Regência é um primeiro passo. Ferreira lamenta a falta de um circuito de apresentações fixas, assim como a ausência de eventos que projetem a produção local para o país.
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