postado em 16/05/2015 07:55
B.B. King visitou cerca de 90 países levando sua música, e Brasília teve a sorte de receber o músico em duas ocasiões, a primeira em 2004 e a segunda em 2010. Durante a turnê de 2004, o guitarrista estava com 78 anos, e havia especulações de que aquela seria a última vez em que tocaria no país, pois estava reduzindo a agenda de shows. No entanto, o que se viu no palco da megaestrutura montada no Pontão do Lago Sul foi um músico esbanjando vitalidade e jovialidade.
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[SAIBAMAIS]As 2.500 pessoas presentes no local se derreteram quando o Rei do Blues afirmou que, apesar de já ter tocado em diversos lugares pelo mundo, foi no Brasil que encontrou as pessoas mais vibrantes e carinhosas. Um dos presentes que se recordam com bastante carinho do espetáculo é o engenheiro de telecomunicações Marcos Baeta, 33 anos. Na época com 21 anos, Marcos se lembra que foi ao show por causa de pai, fã de longa data do Rei do Blues.
;Fiquei muito impressionado, porque a banda entrou primeiro e começou a tocar sem ele. Quando o cara entrou no palco, em meio a tantos músicos espetaculares, ele se sobressaía. O timbre da guitarra ficou bem marcado para mim. Foi um show espetacular. Ele estava com quase 80 anos e tocava com prazer, se divertindo no palco. Não era um show somente para cumprir tabela;, relembra.
Clássicos como Blues boy tone e You are sunshine ajudaram a dar ao show o clima de celebração e emoção pela chance de ver, ao vivo, um dos maiores nomes do blues. Chance que, os amigos do analista de sistema Harrison Azevedo, 38 anos, não souberam valorizar. ;Na época, eles falaram: ;Você vai pagar caro para ver de tão longe? Não vale a pena! Ele está velho, a voz não é mais a mesma;. E não foi nada disso! Ele estava super disposto e foi um dos melhores shows da minha vida!”, comemora.
Após a morte de B.B. King, diversos colegas de profissão se manifestaram nas redes sociais sobre a perda de um dos grandes nomes do blues. Um deles foi o músico mineiro Márcio Greyck, que em depoimento ao Correio, disse que o legado do bluesman, ainda deverá ser repassado para as gerações de novos músicos. ;Simplesmente um cara genial que inspirou grandes guitarristas de jazz e rock ao fazer uso do seu feeling natural e auto didata. O rei deixa um legado muito especial aos novos músicos, assim como uma escola para seus seguidores e para os verdadeiros apreciadores do bom e velho blues como eu! Deus salve o rei do Blues;.
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