Ricardo Daehn
postado em 20/05/2015 08:00
O espírito de competitividade vai se restringir apenas à disputa, com direito a júris oficiais e populares, pelo Troféu Luz, reservado a ficcões e documentários de curta-metragem, no 5; Festival de Cinema Transcendental. No mais, a promessa do organizador Lucas de Pádua é o do banimento de toda e qualquer negatividade que possa estar identificada, em termos de conteúdo, à sétima arte. Temáticas de unificação, de sensibilidade em grau acentuado e tramas de paz e união são esperadas no evento, com sessões sempre às 19h, no Cine Brasília (EQS 106/107). Com início hoje, a programação se estenderá até sábado. Todos os filmes têm classificação indicativa livre.
Nos passos do mestre, um documentário feito no ano passado pelo diretor André Marouço, dá a medida, logo na primeira exibição, da abrangência do segmento transcendental, com enredo inspirado no pacifismo e na sabedoria difundida por Jesus Cristo. Uma das características da mostra, vale ressaltar, é a de não fazer ressalvas a prática e à difusão de preceitos religiosos. Pesa, de fato, aspectos de espiritualidade e de metafísica. Uma das celebrações da atual edição diz respeito à década de instituição da Convenção para a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais.
Com caráter praticamente gratuito, o evento, na verdade, arrecada donativos reservados a instituições de caridade. A mobilização deste ano integra ações do MinC, da representação da Unesco no Brasil e da Secretaria de Cultura do DF. Exemplo de tolerância e de interação fraternal do cinema, o filme Povo dourado somos todos nós será a atração de sábado, às 15h. Neste documentário, três cineastas abordam um mito tupi-guarani que, na contramão do etnocentrismo, desperta exacerbado interesse de um grupo de alemães.
5; Festival de Cinema Transcendental
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