Adriana Izel
postado em 30/05/2015 08:00
Quem já cantou em um karaokê sabe que o procedimento é simples: basta escolher a música dentro do repertório do aparelho, colocar seu nome na lista, incluir o código da canção e soltar a voz enquanto acompanha a letra que aparece na tela de forma ritmada. Falando assim, pode parecer algo pouco emocionante. Poderia, se essa fosse a única opção para um karaokê.
Nos últimos anos, a capital federal viu o número de casas dedicadas à prática crescer. Mais do que isso, aos poucos, a cidade começou a receber algumas tendências que fazem sucesso internacionalmente e que já chegaram a locais como Rio de Janeiro e São Paulo. Uma delas é o karaokê de bandas, que dá outra dinâmica à brincadeira. Ao invés de acompanhar a música pelo som mecânico, o participante ganha o apoio de um grupo de instrumentistas para fazer o seu ;pequeno; show particular. A letra é exibida em um telão e cabe ao cantor ditar a sequência da música.
;O karaokê ao modo tradicional é um negócio muito frio e nada performático. Com a banda, tem um pouco de fetiche. Muita gente nunca teve a chance de cantar com um grupo. É uma experiência que torna a execução diferente. São os cinco minutos de um popstar;, define Jorge Nassar, guitarrista e vocalista da banda Vox Pop, que se apresenta mensalmente no Uk Music Hall (411 Sul).
O projeto surgiu há quatro anos quando Nassar viu uma iniciativa semelhante em uma pub no Rio de Janeiro. Como ele já tinha uma banda, que antes tocava cover e costumava dar espaço para o público subir ao palco para uma canja, resolveu investir neste mercado ao lado de Lila Oliver, Daniel Sarkis (guitarra), Daniel Melo (baixo), Anderson Nigro (bateria) e Luiz (teclado). O primeiro local que eles se apresentaram foi no Uk, onde tocam até hoje na noite que se chama KaraUK.
"Tocamos de tudo"
O Trio Papudo, formado por Betinho (zabumba), Higor (percussão) e Matheus Alves (vocal e violão), tem de cabeça pelo menos 300 canções de vários gêneros musicais. Originalmente, o trio faz parte de uma banda de forró, mas após Betinho conhecer uma proposta semelhante no Rio de Janeiro, resolveu arriscar. ;Sempre tocamos de tudo e tínhamos um repertório extenso, o que me levou a pensar que poderia ser uma boa opção para gente. Até porque todo mundo gosta de karaokê;, explica.
Segundo o músico, a banda cria a possibilidade para que o público se sinta como um verdadeiro artista. ;Não fica uma coisa estática. Muitas vezes, a pessoa que está cantando puxa para uma outra estrofe, vamos ajudando e acompanhando na condução;, afirma.
Diversão garantida
Há dois anos com o projeto, a Banda Lâmina se apresenta toda terça-feira, no Game Strike Boliche, no Gama. Eles começaram primeiro em festas particulares e há cerca de seis meses se tornaram fixos na agenda do estabelecimento. ;Queríamos fazer algo diferente. Quem canta num videokê tem aquela vontade, mesmo que secreta, de ser profissional;, analisa o baterista Clei Vinicius, que toca ao lado de Alex (baixista) Santiago (guitarra).
Clei Vinicius destaca o fato de o participante poder guiar a apresentação como um dos pontos mais positivos em relação ao karaokê de banda, em contraponto ao mecânico. ;É maravilhoso. A pessoa tem aquela sensação de profissional. É sempre uma diversão;, define.
Onde ir
Game Strike Boliche
Setor Central, Área especial 20/21, subsolo ; Gama. Toda terça-feira, às 21h. Entrada a R$ 5.
Garota Carioca
SCN, Quadra 3, Bloco C ; Asa Norte. Toda quarta-feira, às 18h. Dentro da programação do happy hour.
Uk Music Hall
SCLS 411, Bloco B ; Asa Sul. Uma sexta-feira por mês, às 22h. Próxima programação em 11 de junho.
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