Diversão e Arte

Em entrevista, ator Daniel de Oliveira se declara apaixonado por Brasília

Mineiro pode ser visto em três produções em cartaz nos cinemas da capital: Sangue azul, A estrada 47 e Romance policial

Ricardo Daehn
postado em 09/06/2015 08:02

Daniel de Oliveira busca referência nos diretores com quem trabalha

Não foi nada planejado. De repente, o ator Daniel de Oliveira tomou de assalto as telas brasilienses à frente dos filmes A estrada 47, Sangue azul e Romance policial. "Foi tudo uma coincidência e que veio pelas dificuldades de se lançar filmes no Brasil", explica o artista mineiro, que, em entrevista ao Correio, qualifica Brasília como ;cidade maravilhosa;. Generoso, o ator eternizado nas telas como Cazuza jura que não faz estilo, quando, entre Kikito do Festival de Gramado e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, confessa: ;Sem demagogia, o melhor prêmio sempre é o público. É muito gratificante o jeito com que falam de cada um dos meus personagens;.

Camaleônico, Daniel de Oliveira, entre obras como Zuzu Angel (2006) e Batismo de sangue (2007), diz que busca referências de cada um dos diretores com os quais trabalha. "Fico até meio parecido com eles", confirma. Tão envolvido pela pesquisa de A estrada 47, Daniel de Oliveira idolatrou o clássico russo Vá e veja (1985) a ponto de assumir uma compra em lote da fita bélica que rendeu sucessivos presentes. Mas, nem tudo na vida, para o ator exala intensidade: Romance policial rendeu muito relax, à base de "vinhozinho chileno", enquanto os bastidores de Sangue azul propiciaram dois meses de empreitada na "flor do meio do oceano" (Fernando de Noronha). Confira abaixo os desejos e as ideias do ator.

O que estimula ou dá tristeza?
O que me motiva demais é criança. Tenho filho, né? Tem que motivar, com criança: ela é esperança total de um futuro, mesmo. A desmotivação vem de estar numa cidade maravilhosa como Brasília, bem cheia de problemas, num país enorme. É difícil governar um país. É um país muito corrupto, muito sujo, no sentido da política. Com a grana das riquezas feitas no país, se ela fosse mais bem distribuída, teríamos um Brasil mais justo, menos violento. O grande alvo de tudo é a corrupção: com ela, ficamos mais ignorantes e violentos. Isso não é um fenômeno brasileiro ; você vê a Fifa, né? A ganância do ser humano é o que me deixa mais triste.

[SAIBAMAIS]Tevê não é muito sua praia?
Tive experiências muito boas na tevê, e uma é a recente: Amorteamo. Há pouco reprisaram o Hoje é dia de Maria, um trabalho ótimo com o Luiz Fernando Carvalho. Então, não dá pra regredir e fazer coisas em que não se acredita. Os filmes que faço, entro, acreditando. Entro, por instinto, pelo diretor, pelo local em que será filmado. É irrecusável filmar, por uma semana, com o Jorge Durán, no Atacama (Chile); filmar com o Lírio Ferreira, em Fernando de Noronha e com o Vicente Ferraz, no Norte da Itália. Na televisão, graças a Deus, em 11 anos, fiz coisas como Amor & fúria (com Fernando Meirelles), fiz uma novela bacana como Cabocla.

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