Diversão e Arte

Orange is the new black: Atrizes do seriado comentam a terceira temporada

A nova sequência estreia nesta sexta-feira (12/6), na Netflix

postado em 11/06/2015 08:01
Elenco de 'Orange is the new black' na Parada Gay, em São Paulo
São Paulo ;
O seriado Orange is the new black estreia, nesta sexta-feira (12/6), a terceira temporada, no serviço de streaming Netflix. A nova sequência coloca as detentas da penitenciária de Litchfield em um novo ambiente.

[SAIBAMAIS]Três atrizes da série Uzo Akuba (Suzanne/Crazy Eyes), Natasha Lyonne (Nicky Nichols) e Samira Wiley (Posseuy) vieram ao Brasil para divulgar a série. Antes, o trio ainda participou da Parada Gay, em São Paulo. Confira abaixo a entrevista com as estrelas da série.

Nessa temporada, vemos que a história de Piper e Alex perde espaço para outras tramas. O plano era mostrar mais das outras personagens?
Samira Wiley: Acho que quando se cria uma série como essa há um equilíbrio entre o que foi planejado e o que não foi. Isso é importante porque você precisa ouvir sua audiência e o mundo ao redor de vocês. Nós não escrevemos a série, mas eu acredito que Jenji Kohan tinha essa direção e sabe aonde está indo, o que a permite um desenvolvimento orgânico dos personagens.

Então vocês acreditam que, nessa temporada, Piper não é mais a protagonista?
Natasha Lyonne: Acredito que a principal história do livro de Piper é a jornada de como o sistema prisional afetou a vida dela. Então é claro que iria se focar primeiro nisso. Mas o jeito que Jenji Kohan escreveu podemos seguir com a série por anos. Com o passar do tempo, os outros personagens ficam mais relevantes e mais profundos. (a prisão) É um ambiente muito específico, onde há corrupção e injustiça, o que torna a série mais interessante.

Quantas temporadas a série está oficialmente confirmada?

Samira Wiley: Oficialmente, são quatro temporadas.

Crazy Eyes é uma das personagens mais adoradas da série. Você esperava essa repercussão?
Uzo Akuba: Absolutamente não, acho que isso vale para todas nós. Quando fizemos a série não tínhamos nenhuma expectativa. Estávamos todos tentando contar uma boa história e estávamos felizes com essa oportunidade. Não tinha jeito de imaginar como seria. O lado bom é colocamos toda a nossa energia na série e somos muito felizes de que o público tenha gostado dos personagens, assim como nós gostamos de gravar a série.

Vocês estiveram no fim de semana para a Parada Gay, em São Paulo. Como foi a experiência?
Samira Wiley: Foi ótimo, a energia dos fãs brasileiros é tão magnética. Cheguei a perguntar para a Natasha como foi a parada em Nova York, mas eu imaginava. É algo muito poderoso. Eu fiquei feliz de estar de óculos escuros (risos). Foi muito poderoso e tenho 100% de certeza que isso é algo que eu nunca vou esquecer.

No Brasil, estamos vivendo um momento de boicote a uma novela e a uma marca que mostram casais gays. Para vocês, qual é o poder de séries e de programas de tevê na luta pelos direitos LGTBs?
Natasha Lyonne: Acho que o entretenimento tantas vezes é uma janela que abre mentes e respeito isso. Em geral e em várias culturas, ele pode ser muito importante e tem o impacto de fazer as pessoas rirem, pensarem e se assustarem. O ódio é uma coisa perigosa. Então, ficamos bem orgulhosas de que a nossa série tenha essa habilidade de dar visibilidade.

***CUIDADO, AS PERGUNTAS E AS RESPOSTAS ABAIXO CONTÉM SPOILER!

O primeiro episódio retrata o Dia das Mães e discute maternidade. Tem algum tema que vocês gostariam de ver sendo discutido em Orange is the new black nos próximos episódios?

Uzo Akuba: Acho que Jenji Kohan (criadora) trouxe de uma forma empolgante vários temas. Não sei, acho que vários desses desejos já se tornaram realidade na série. Não sei se tem algo que estou desesperada para ver, que não tenha sido discutido em alguma cena.

Após um problema com drogas nos primeiros seis episódios, Nicky é transferida de Litchfield. Veremos a personagem de volta a prisão ainda na terceira temporada?

Natasha Lyonne: Isso acontece na sétima temporada (risos). Como dissemos, nós não escrevemos a série (risos).

Como o sumiço da personagem Vee (Lorraine Toussaint), a vilã da segunda temporada, afeta Suzanne/Crazy Eyes nesta sequência?
Uzo Akuba: Acho que Vee afetou vários personagens de diferentes formas dentro da penitenciária. Na segunda temporada, foi como se tivesse passado um furacão e agora é preciso colher os pedaços e construir tudo novamente. Para Suzanne, acho que ela experimenta vários estágios que passam por culpa, raiva e precisa saber quem ela é após isso. Acho que todos estão tentando se reconstruir.

A repórter viajou a convite da Netflix

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