Diversão e Arte

Confira alguns filmes que estão no Festival Varilux de Cinema Francês

Entre as sugestões estão 'Samba' e 'De cabeça erguida'

Ricardo Daehn
postado em 12/06/2015 14:56
Entre as sugestões estão 'Samba' e 'De cabeça erguida'
Com uma alardeada comitiva de astros franceses convidados para divulgação de fitas francófonas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e cerca de 60 sessões de cinema em Brasília, até a próxima quarta, o Festival Varilux de Cinema Francês prossegue nas salas de cinema alternativo da cidade: Espaço Itaú de Cinema e Liberty Mall.

[SAIBAMAIS]Entre amplo leque de atrações, um dos títulos chamativos para brasileiros é Samba (da dupla de diretores que emplacou o mais rentável título francês de todos os tempos: Intocáveis). Samba, ligado em questões culturais, tem em cena até brasileiro fajuto, interpretado por Tahar Rahim (O profeta), além de contemplar, na trilha sonora, Bob Marley e Jorge Ben Jor.

Samba

Esclarecendo, de pouco a pouco, o dilema dos protagonistas ; encucados com um "namoro ou amizade?" ;, os codiretores Eric Toledano e Olivier Nakache, em Samba, tropeçam no sério tema da imigração ilegal francesa. Mote do vencedor da Palma de Ouro de Cannes (Deephan), a instabilidade econômica abraça o personagem senegalês do ator Omar Sy, não por acaso, estrela do sucesso anterior dos diretores, Intocáveis. Baseado em romance de Delphine Coulin, o novo longa traz, como latente par romântico de Omar Sy, a atriz Charlotte Gainsbourgh, intérprete de uma nervosa agente social que intermedia o visto para o migrante. Sábado (13/6), às 19h25 (Espaço Itaú) e domingo, às 21h40 (Liberty Mall).

Beijei uma garota

Entre as sugestões estão 'Samba' e 'De cabeça erguida'
Um complexo jogo de sexualidade e desejos demarca o filme dos estreantes Maxime Govare e Noémie Saglio. Tudo porém, vem embalado por leveza e tom de piada. Na trama, a fogosa sueca Adna (nem tão quente, na interpretação de Adrianna Gradziel) desponta, justamente num momento nevrálgico da vida de Jéremie (o galã e bom ator Pio Marma;): ele está quase casando com Antoine (Lannick Gautry, de A gaiola dourada). Entre os coadjuvantes, o careca Franck Gastambide rouba cenas, ao torcer pela "conversão" do sócio gay e colocar os hormônios dele à prova, no vestiário masculino. Sexta (12), às 21h40 (Liberty Mall).

De cabeça erguida


Atriz conhecida por filmes como Polissia e Mon roi (com o qual recentemente conquistou prêmio no Festival de Cannes), Emmanuelle Bercot, que também é diretora de fitas, entre as quais Ela vai (2013), conduz Catherine Deneuve neste drama. É ela quem tenta, entre o rigor e a compreensão, reeducar o quase incorrigível jovem Malony, interpretado por Rod Paradot. Uma espécie de Pixote mimado, com arrogância imensurável, o desenquadrado protagonista testa a paciência de tipos, como o tutor representado por Beno;t Magimel (A professora de piano). Ao ser selecionado para a abertura de Cannes, o filme rendeu muito holofote, pelo retorno de uma diretora à honraria relegada sistematicamente a homens. Sexta (12), às 19h25 e amanhã, às 15h40 (Liberty Mall) e domingo, às 13h30 (Espaço Itaú).

O diário de uma camareira

O diretor Beno;t Jacquot se concentra num depurado retrato da Paris de 1900, sob o prima da literatura de Octave Mirbeau (morto em 1917). Quem experimenta preconceitos e desmandos é a personagem Célestine (a ótima Léa Seydoux de Azul é a cor mais quente), dona de uma vida comedida para alguém que tem ambições muito superiores às de ser serviçal de burgueses enojantes. Entre confissões e resmungos (feitos em diálogo direto com a câmera), Célestine lida com a insuportável madame Lanlaire (Clotilde Mollet, também em Samba), mas tem a válvula de escape da evidente tensão sexual ilimitada, junto ao caseiro interpretado por Vincent Lindon. Sexta (12), às 16h05 (Espaço Itaú).

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