Rebeca Oliveira
postado em 15/06/2015 10:13
O Charles Chaplin do pop choroso. Para o jornalista Jeff Apter, esse foi o papel desempenhado pelo The Cure na década de 1980. Principalmente em 1986, quando o quinteto britânico atingiu o auge. A banda, em alta nas paradas de sucesso, havia acabado de lançar o clipe In between days na MTV, que o recebeu muito bem. Ao videoclipe excêntrico dirigido por Tim Pope somou-se, semanas depois, uma reportagem da Rolling Stone americana comparando o frontman Robert Smith a uma versão masculina de Kate Bush, devido à sua estranheza sedutora. Tudo isso na efervescência de uma turnê pelos EUA com estádios lotados.No entanto, o grupo de atmosfera sombria não tem um caminho baseado apenas em glórias. Num dos espetáculos, uma pessoa que assistia ao Cure, em Los Angeles, se automutilou durante a apresentação. O público o aplaudia, pensando que o gesto extremo fazia parte do show gótico. Um trauma para quem estava na plateia, sentido também pelos integrantes.
Segundo Jeff Apter, ao saber da tragédia com o fã, morto alguns dias depois, a força criativa e ponto central do Cure, Smith, chegou a pensar se o grupo não seria amaldiçoado. São essas as particularidades esmiuçadas pelo jornalista no livro Nunca é o bastante - A história do The Cure, biografia não autorizada da banda lançada recentemente.
[SAIBAMAIS]Junto ao livro de Apter pelo menos quatro biografias de roqueiros - sejam elas autorizadas ou não - surgem na prateleiras das livrarias, comprovando a predileção das editoras por esse tipo de perfil. Boa parte do sucesso desse nicho se dá pela personalidade irrequieta dos roqueiros. Uma vida entre sexo, drogas e rock;n;roll, para o bem e para o mal, rende incontáveis histórias, como as que Apter conta em Nunca é o bastante.
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