Diversão e Arte

Tramas dos serviços on demand têm mais liberdade para tratar de sexualidade

Atrações como 'Sense8', 'Orange is the new black' e 'Transparent' discutem questões da transexualidade

postado em 20/06/2015 07:31
Em Sense8, os Wachowski abordam as várias facetas da sexualidade dos personagens
Sense8
, da Netflix, vem chamando a atenção não só pela trama complexa, que mistura ficção científica e transcendentalismo como só os Wachowski conseguem fazer. A série também se destaca pela maneira franca com que celebra a diversidade cultural e sexual de seus protagonistas. Se Orange is the new black abriu caminho, apresentando pela primeira vez um personagem transexual com profundidade na televisão, Sense8 vai além, dando ainda mais peso dramático a Nomi Marks, a hacker transexual vivida por Jamie Clayton.

[SAIBAMAIS]Com a cabeleireira Sophia Burset, Orange ; agora em sua terceira temporada ; rompeu a tendência de exclusão que marca a teledramaturgia. De acordo com uma pesquisa da ONG Glaad (em português, Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), entre 2002 e 2012, 54% dos personagens transgêneros que apareceram em séries de tevê foram representados com características negativas. O estudo ressaltou ainda que 40% dos personagens apareciam como vítimas, enquanto um em cada cinco estavam ligados à prostituição.

As histórias que não foram contadas na tevê tradicional agora ganham destaque nas plataformas on demand Netflix e Amazon. A última foi o primeiro serviço de streaming a ganhar o Globo de Ouro de melhor série cômica com Transparent, que enfoca a transição de Maura Pfefferman, um professor aposentado que se assume transexual para a família. Jill Soloway, a criadora da série, se inspirou na história do próprio pai para o personagem de Jeffrey Tambor, também premiado por sua interpretação.

Para Cléverton Bezerra, colunista do site Série Maníacos, a tevê tradicional e as plataformas VoD (video on demand) representam modelos diferentes de consumo, o que também influencia no conteúdo que produzem. ;No primeiro, há ainda a necessidade de garantir um público que assista a um programa em um horário específico;, esclarece. ;No modelo VoD, o público tem a liberdade de escolha de quando e como assistir. Diante disso, a abordagem é diferente, mais ampla, uma vez que o boca a boca definirá o sucesso ou fracasso de uma série.;

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