Agência France-Presse
postado em 22/06/2015 10:53
A Apple cedeu à pressão da estrela do pop Taylor Swift e anunciou que pagará os artistas durante o período gratuito de teste de três meses de seu novo serviço de música por streaming. A mudança de posição de uma das empresas mais poderosas do mundo é uma demonstração da grande influência da jovem artista de 25 anos, que anunciou no domingo um boicote parcial ao novo serviço Apple Music.
[SAIBAMAIS]Swift explicou em um texto divulgado no Tumblr que seu álbum 1989 não estaria disponível na Apple Music por considerar "chocante e decepcionante" que a empresa não a remunerasse por suas canções durante o período gratuito de teste de três meses reservado aos novos assinantes.
"Eu considero isto chocante, decepcionante e completamente diferente da trajetória progressista e generosa da empresa", escreveu Swift num post na rede social Tumblr.
Em uma mudança inesperada, Eddy Cue, vice-presidente de Software de Internet e Serviços da Apple, anunciou no domingo à noite que a empresa alterou sua posição e vai pagar aos artistas em todas as etapas. "Apple Music pagará aos artistas pelo streaming, inclusive durante o período gratuito de teste", escreveu em sua conta no Twitter.
Com o Apple Music, a empresa Apple espera rivalizar com serviços similares como Spotify, Pandora e Deezer. A Apple domina o mercado de distribuição e compra de música pela internet com sua loja iTunes. Mas os consumidores optam cada vez mais pelo streaming e neste caso o peso pesado é a empresa sueca Spotify, com 60 milhões de usuários, incluindo 15 milhões que usam a versão paga.
O Apple Music estará disponível para os usuários de iPhones e iPads a partir de 30 de junho em 100 países. Nos próximos meses, a empresa pretende lançar uma versão compatível com o Android, o sistema operacional da rival Google. A princípio, o serviço terá acesso gratuito, mas depois dos três meses de teste custará 9,99 dólares por mês, com um plano família de 14,99 dólares para até seis pessoas.