Diversão e Arte

Exposição traz a Brasília gravuras e desenhos de Joan Miró

Além de 69 obras do artista catalão, a mostra também apresenta 23 fotografias feitas entre 1962 e 1983

Nahima Maciel
postado em 27/06/2015 07:35
Chien

Foi no mítico Moulin de la Galette, em Paris, nos anos 1970, que Alfredo Melgar Alexandre, conde de Villamonte, conheceu o surrealista Joan Miró. O encontro marcou o início de uma amizade que resultaria em fotografias históricas do artista em seu ateliê e em uma preciosa coleção de desenhos, ambos apresentados a partir de quarta-feira na exposição A magia de Miró, na Caixa Cultural. ;Ficamos amigos e começamos a trocar obras por serviços fotográficos profissionais que ele me solicitava;, conta Melgar. ;Às vezes, ele me dava as obras segundo seus próprios critérios, outras vezes era eu quem as selecionava.; Depois da morte do pintor, em 1983, o fotógrafo comprou de Pilar Juncosa, viúva do artista, mais um lote de desenhos que viria a configurar a coleção exposta no Brasil.

Melgar era fotógrafo profissional e costumava trabalhar para artistas. Miró ouvira falar algumas vezes e no encontro em Paris, durante uma vernissage organizada pela Galeria Maeght, que representava os dois na capital francesa, convidou o conde para visitar o ateliê em Palma de Mallorca.

Na época, Melgar ainda engatinhava na tentativa de firmar seu trabalho no mercado. Vestido como um dandy e de porte aristocrático, o artista se aproximou do conde e disse que ouviu de alguém que ele era ;um excelente fotógrafo;. ;Eu tinha 29 anos e minha obra fotográfica era muito escassa e não estava à altura das palavras de Miró. Mas Joan era sempre assim: solícito e cortês. Um cavalheiro;, conta. Durante os anos seguintes, ele passou a fotografar Miró no ateliê.

No total, a exposição tem 69 desenhos e gravuras, e 23 fotografias realizadas entre 1962 e 1983. ;Ele não se importava que ficasse fotografando;, conta Melgar, que acabou por documentar parte do processo de criação do artista. Miró era considerado um mestre da gravura e muitas das obras expostas na Caixa datam dos últimos cinco anos de vida do catalão.

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